A partir de 2025, as provas do Campeonato do Mundo de Todo-o-Terreno, com destaque para o mítico Dakar, vão contar com mais um concorrente: a Dacia. O construtor romeno do Grupo Renault irá participar em provas de Rally Raid e conta com o nove vezes Campeão do Mundo de WRC, o francês Sébastien Loeb, como um dos principais trunfos.

O construtor não revelou que o veículo servirá de base para o modelo de competição, mas foi avançando que será inscrito na categoria T1+, precisamente aquela que reúne os modelos que se batem pela vitória. Apesar de não ter sido divulgada a base para o carro de competição, em 2025 haverá bastante por onde escolher na gama da Dacia, uma vez que a marca, dentro de um ano e meio, já terá lançado a próxima geração do Duster e o Bigster, o SUV que marcará os primeiros passos do fabricante no segmento de maiores dimensões. Há ainda a possibilidade da Dacia decidir surpreender o mercado e avançar com uma proposta tão irreverente quanto ousada, como passar à produção o Manifesto, um protótipo estilo buggy que o construtor apresentou como um laboratório de ideias, mas que nada impede que venha a ver a luz do dia. Sobretudo porque os buggies também podem competir no Dakar.

Dacia cresce com o Bigster, o “irmão” maior do Duster

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Para esta nova aventura, a Dacia aliou-se à Prodrive, uma equipa com 40 anos de experiência em competição e três anos no campeonato de Rally Raid e no Dakar. Também Loeb, depois de conquistar nove títulos de campeão no WRC, tem uma série de anos de experiência em provas como o Dakar, tendo corrido nos Peugeot oficiais de 2016 a 2019, para depois transitar para a Prodrive em 2021, onde continuou até 2023. Sébastien Loeb será acompanhado pela espanhola Cristina Gutiérrez Herrero, que participa no Dakar desde 2017.

Dacia Manifesto mostra o futuro do todo-o-terreno

A Dacia vai começar a testar antes da primeira prova do campeonato de 2025, tendo prevista a participação no Rali de Marrocos de 2024, habitualmente a prova do campeonato. Sabe-se ainda que o combustível do veículo de competição será sintético e fornecido pela Aramco, mais especificamente uma gasolina produzida sem recurso a derivados de petróleo, com carbono capturado da atmosfera e hidrogénio verde gerado a partir da electrólise da água. O CEO da Dacia, Denis Le Vot, acredita que têm “a melhor equipa e os melhores condutores do campeonato”, o que os coloca entre “os principais candidatos à vitória”.