Nas regiões de Uttarakhand e Himachal Pradesh, a norte da Índia, dias de chuvas torrenciais e deslizamentos de terras já provocaram cerca de 60 mortos. As cheias levaram a ao colapso de edifícios, inundaram centenas de estradas, destruíram pontes e arrastaram veículos. Dezenas de pessoas continuam desaparecidas. A Presidente da Índia, Draupadi Murmu, comentou que se sente “ferida pela perda de vidas nos acidentes relacionados com as fortes chuvas”.

Em Himachal Pradesh, o mais afetado pelas intempéries, pelo menos 50 pessoas morreram nas últimas 24 horas, nove das quais no desabamento de um templo hindu em Shimla, a capital local, segundo o ministro-chefe deste estado, Sukhvinder Singh Sukhu. “Nunca houve chuvas tão fortes e mais de 50 mortes no estado num período de 24 horas – e esse número pode aumentar, pois ainda há cerca de 20 pessoas sob os escombros”, disse o responsável. “A administração local está a tentar (…) resgatar pessoas que ainda podem estar presas”, afirmou em comunicado.

Num vídeo partilhado pelo ministro-chefe na rede social X (antigo Twitter), é possível ver a destruição do deslizamento de terras no local. No mesmo post, afirma que estão “em curso operações ativas de salvamento, busca e socorro para fazer face a esta terrível situação”. Não só as estradas principais, mas também linhas elétricas e redes de comunicação foram atingidas.

Segundo as autoridades, outras oito pessoas, pelo menos, morreram desde sexta-feira na região vizinha de Uttarakhand, onde as equipas de resgate continuam no terreno para encontrar sobreviventes.

Estes fenómenos, que são comuns na Índia, causam uma devastação generalizada durante a estação das monções. No passado mês de julho, deslizamentos de terras numa aldeia no estado de Maharashtra provocaram pelo menos 27 mortos e 80 desaparecidos. Peritos afirmam que a crise climática está a aumentar a sua frequência e gravidade.

*Notícia atualizada às 23h00 com novos números de mortos

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR