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Com o chegar da noite, o medo de um novo sismo aumenta na cidade de Marraquexe. Tanto os cidadãos marroquinos como os turistas procuram o melhor lugar para pernoitar, com receio de que não seja seguro regressar às suas casas e hotéis.

Por razões de segurança, durante a madrugada deste domingo, várias famílias amontoaram-se com cobertores e bancos desdobráveis para uma segunda noite ao relento, depois daquele que foi o terramoto mais mortífero em Marrocos desde 1960, com 2.122 mortes confirmadas, segundo o balanço mais recente das autoridades marroquinas.

“As pessoas estão nas praças, nos cafés, preferindo dormir ao relento. Caíram pedaços de fachadas”, disse uma residente da cidade costeira de Mogador, citada na AFP.

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Mouhamad Ayat Elhaj, de 51 anos, avançou à agência Reuters que depois de ter encontrado sinais de danos na sua casa — como fendas nas paredes —, provocados pelo abalo, ele e a família têm dormido na rua, perto da medina de Marraquexe.

Como os portugueses sentiram o sismo em Marrocos

Não posso dormir ali. Estou a pedir às autoridades que me ajudem e que tragam um perito para avaliar se é possível regressar à casa ou não. Se houver risco, não voltarei para casa”, disse à Reuters.

Também Noureddine Lahbabi, um reformado de 68 anos com quatro filhos, passou as duas últimas noites ao relento, afirmando que “os danos causados nas casas das pessoas são angustiantes.”

Num hotel em Marraquexe, foram dezenas as pessoas que optaram por dormir à volta da piscina do alojamento, com receio de réplicas. Alguns dos turistas da cidade encontraram ainda abrigo no hotel Pestana CR7 Marrakech, do internacional português Cristiano Ronaldo. Segundo o jornal espanhol ABC, citando o canal 24h, algumas pessoas relataram que foram acolhidas naquela unidade até conseguirem regressar a Espanha.