Um homem de 46 anos embarcou sem passaporte ou bilhete num avião que partiu da capital dinamarquesa com destino a Los Angeles e afirmou às autoridades norte-americanas que não se recorda como passou pelo controlo de segurança na Europa, segundo uma queixa apresentada pelo FBI, tendo sido acusado de ser “passageiro clandestino”, de acordo com o The Guardian.

Sergey Ochivaga permanece sob custódia federal e pode ser condenado a uma pena de cinco anos de prisão.

A queixa revela que o homem prestou informações falsas sobre a deslocação aos Estados Unidos, incluindo ter afirmado, no início, à Proteção de Fronteiras americana que deixara o passaporte no avião.

Sergey Ochigava viajou num voo da Scandinavian Airlines 931 de Copenhaga, capital dinamarquesa, a 4 de novembro, e referiu às autoridades que tinha deixado o seu passaporte no avião onde tinha estado. A queixa, apresentada no tribunal federal de Los Angeles, no dia 6 de novembro, destaca que um oficial da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos não conseguiu encontrar Sergey Ochigava nesse voo ou em outro voo internacional.

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O homem não possuía passaporte ou visto para entrar no país. No entanto, os funcionários da alfândega encontraram, nos pertences do passageiro, uma identificação russa e israelita. A queixa não esclarecia se Sergey Ochigava tinha ou não dupla nacionalidade. As forças policiais encontraram no seu telemóvel uma fotografia que mostrava, parcialmente, um passaporte com o seu nome, data de nascimento e número de identificação, mas não a fotografia.

Os passageiros do avião em que seguia disseram que, durante a partida do voo, o homem ocupou um assento que deveria estar desocupado e que, depois do avião ter partido, continuou a vaguear pela cabine, trocando de assentos e a conversar com os outros passageiros, que o ignoraram. Além disso, quando os comissários de bordo serviam as refeições aos passageiros, tentou comer chocolate que pertencia à tripulação da cabine.

Durante a detenção de Sergey Ochigava no aeroporto, os trabalhadores da alfândega não conseguiram encontrar os seus registos e perceberam que se tratava de um cidadão clandestino, após todos os passageiros registados terem sido processados pela alfândega.

De acordo com a queixa, o homem alegou “que não dormia há três dias e que não entendia o que estava a acontecer”. Sergey Ochigava alega que não sabia como entrou no avião de Copenhaga, não tinha certeza se possuía bilhete e não se recordava de como tinha passado pela segurança do aeroporto da Dinamarca sem um cartão de embarque.

O seu julgamento está marcado para dia 26 de dezembro.