Carlos Moedas e Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid, acusam Pedro Nuno Santos e Pedro Sánchez de demonstrarem uma “gritante incapacidade” para cumprir com o que “prometem aos cidadãos” e de representarem uma forma “vazia de fazer política”. “É possível sermos mais do que o miserabilismo socialista promete.”

Num artigo de opinião publicado no Observador, os dois recordam as promessas não cumpridas de Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas, e de Pedro Sánchez, na qualidade de primeiro-ministro espanhol, sobre a construção da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid.

“A gravidade destas declarações não se resume ao mero falhanço das previsões nem à inconsequência dos compromissos, o que só por si já denotaria a incompetência das governações. Substancialmente pior, estas revelam um modus operandi comum às governações socialistas: a gritante incapacidade cumprirem com o que prometem aos cidadãos”, escrevem.

Moedas e Ayuso defendem como uma “oportunidade estratégica” a construção da ligação entre Lisboa e Madrid, e exigem que este projeto se torne uma “prioridade económica e social” para os dois países. “Como escrevia Fernando Pessoa, ‘pelo Tejo vai-se para o mundo’. É a partir deste rio que nos une que queremos olhar com audácia para o futuro. Este rio, que inspirou tanto fadistas como escritores espanhóis, leva-nos a ver para lá da nossa dimensão. A acreditar que é possível sermos mais do que o miserabilismo socialista promete. A percebermos que a distribuição tacanha do poucochinho não tem de ser o nosso fado”, rematam.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo

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