Se a Aliança Democrática (AD) vencer as eleições e formar governo é provável que exista um orçamento retificativo para 2024, adianta António Leitão Amaro em entrevista ao Jornal de Negócios. O vice-presidente do PSD, que é um dos coordenadores da campanha da AD, confirma que inicialmente Luís Montenegro irá governar com o orçamento do Estado aprovado por Fernando Medina mas os “ajustamentos” irão acabar por levar à necessidade de um orçamento retificativo.

“Vamos começar a governar com o que está em vigor, evidentemente”, reconheceu Leitão Amaro. “Luís Montenegro disse que não sendo um orçamento no qual nos revimos, iríamos fazer ajustamentos – até porque precisamos de lançar várias medidas nos primeiros 60 dias, algumas delas implicam despesa, como o programa de emergência na saúde”, acrescentou o responsável da AD.

Neste sentido, Leitão Amaro diz que “um retificativo é praticamente inevitável”.

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Questionado, também, sobre o cenário macroeconómico que a AD apresenta no seu programa – e que é muito mais otimista do que o do PS –, António Leitão Amaro garante que é um cenário “realista”. “Queremos é que Portugal abandone o período de resignação e de desistência, com poucochinho, e passar para um período de crescimento maior” – para isso é necessário “um programa de reformas económicas”.

Leitão Amaro acrescentou que ainda que “recuar ou regressar aos termos originais de investimento amplo em imobiliário” dos Vistos Gold seja algo que “não faz sentido”, pode ainda assim “haver um melhoramento dos mecanismos” no sentido de dirigir o regime “para apoiar na satisfação de falhas de mercado ou de necessidades de aumentar oferta de arrendamento acessível”.

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