Após a investigação judicial às causas do incêndio num prédio de 14 andares em Campanar, em Valência ter sido arquivada na sexta-feira pelo Tribunal de Instrução 9, a delegada do governo espanhol na Comunidade Valenciana veio esclarecer que o fogo, que fez dez mortos, teve origem num eletrodoméstico na cozinha de um dos apartamentos e não num motor numa varanda, como inicialmente se pensou.

Pilar Bernabé adiantou ainda aos jornalistas, citado pelo El Mundo, que o incêndio, que se propagou em apenas alguns minutos por toda a fachada dos dois blocos de apartamento, foi um “acidente inesperado“, tendo a Polícia Nacional – que conduziu a investigação policial – descartado qualquer “indício de crime”.

Valência. O que se sabe e o que falta saber sobre o incêndio que destruiu prédio de 14 andares

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A conclusão da investigação, que foi agora tornada pública pelo juiz, permite assim que as seguradoras entrem no edifício e realizem os seu trabalhos, de forma a que as pessoas afetadas “possam recomeçar o projeto de vida”.

As declarações da delegada surgem após a decisão do Tribunal de Instrução de arquivar o processo enquanto aguardava a conclusão das investigações policiais ao incêndio que deflagrou às 17h30 de 22 de fevereiro e que destruiu 138 apartamentos.

No prédio, viviam cerca de 500 pessoas, tendo algumas delas conseguido fugir, graças aos avisos do porteiro que andou de porta em porta a alertar os moradores, e outras sido resgatadas de varandas. Além dos dez mortos, houve 15 feridos.

“Muitos moradores devem-lhe a vida”. Julián, o porteiro que foi de porta em porta avisar os vizinhos do incêndio

O edifício, construído em 2005, estava revestido de poliuterano, um material altamente inflamável, que foi responsável pela rápida propagação do incêndio.