O acidente de helicóptero que causou a morte ao ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi e à sua comitiva, em maio, foi provocado pelas más condições meteorológicas e pela sobrecarga da aeronave, divulgou esta quarta-feira a agência de notícias Fars.

A investigação deste acidente foi “completamente concluída”, de acordo com a Fars, que citou uma fonte de segurança.

“As agências de segurança e de inteligência concluíram as suas investigações detalhadas e é absolutamente certo que o que aconteceu foi um acidente”, destacou a mesma fonte.

Segundo a agência noticiosa, a investigação atribui o acidente às más condições meteorológicas e à incapacidade do helicóptero de ganhar altitude, carregado com mais passageiros do que os exigidos pelos protocolos de segurança. A bordo seguiam mais dois passageiros do que o esperado, segundo a investigação.

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A investigação afastou, de acordo com a Fars, a possibilidade de “bloqueio e ataque aos sistemas eletrónicos” do dispositivo. “Não foram encontrados vestígios de agentes químicos ou substâncias nocivas durante a investigação”, frisou ainda a agência.

Em maio, os militares iranianos afirmaram também não ter encontrado qualquer indício de atividade criminosa que pudesse ter provocado a queda do avião, que transportava o presidente e outras sete pessoas, incluindo o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian.

O falecido presidente, de 63 anos, regressava da inauguração de uma barragem na fronteira com o Azerbaijão quando o helicóptero caiu, a 19 de maio, na região montanhosa do noroeste do país, debaixo de chuva e nevoeiro espesso.

O Parlamento iraniano deu esta quarta-feira o seu voto de confiança a todos os ministros propostos pelo novo Presidente do Irão, o reformista Masud Pezeshkian, para um governo de unidade nacional com figuras conservadoras e moderadas.

O atual chefe de Estado foi eleito em 5 de julho na segunda volta das presidenciais realizadas após a morte de Ebrahim Raisi.

Uma vez aprovado o Conselho de Ministros, Pezeshkian enfrenta agora o desafio de governar o país quando há grandes tensões nacionais e internacionais, como o descontentamento da população devido à falta de liberdades e à má situação económica, o conflito em Gaza, e o mau relacionamento com o Ocidente e a Europa devido ao seu apoio à Rússia.