Olá

852kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Funcionária do cemitério de Arlington retira queixa contra equipa de Trump por medo de retaliação

A polémica visita de Trump a Arlington continua a ser alvo de críticas. O exército não vai investigar a agressão pois a queixa foi retirada, mas a família de um veterano critica a captação de imagens.

GettyImages-2168584133
i

Trump homenageou os 13 soldados que morreram durante retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão

Getty Images

Trump homenageou os 13 soldados que morreram durante retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão

Getty Images

O incidente entre a equipa de Donald Trump e uma funcionária do Cemitério Nacional de Arlington (ANC), na segunda-feira, continua a fazer correr tinta nos media norte-americanos. Esta quarta-feira, a mulher, que foi agredida por membros da campanha, retirou a queixa que tinha apresentado e familiares de um veterano condenaram as gravações que os republicanos fizeram no local.

A funcionária, que não foi identificada, foi “agredida física e verbalmente”, incidente que foi confirmado pelo cemitério. A mulher chegou a apresentar uma queixa contra os agressores junto das autoridades militares, mas desistiu de avançar com a acusação esta quarta-feira. A decisão foi tomada por ter medo que os apoiantes de Donald Trump pudessem procurar retaliação por ter tomado ações contra o ex-Presidente, segundo declararam os militares ao New York Times.

Os mesmos três militares confirmaram ao jornal que membros da campanha empurraram e insultaram a funcionária, depois de esta ter tentado impedir que tirassem fotografias na Secção 60 do cemitério, seguindo a lei que proíbe a captação de imagens para divulgação política, neste caso a campanha eleitoral. Adiantaram ainda que, uma vez que a queixa foi retirada, o exército encerrou uma possível investigação ao assunto.

Cemitério Arlington confirma incidente com equipa de Trump e lembra recusa de atos políticos

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Trump e a sua equipa encontravam-se na secção reservada aos veteranos das Forças Armadas norte-americanas a às suas famílias, assinalando os três anos da retirada das tropas do Afeganistão e homenageando os 13 soldados que morreram durante um bombardeamento suicida no aeroporto de Cabul. A campanha republicana tinha permissão dos familiares para gravar a campa de Darin Taylor Hoover, um dos militares morto neste ataque. Contudo, nas imagens captadas, é possível ver as campas de outros dois soldados. Um deles, Andrew Marckesano, cumpriu oito missões, seis delas no Afeganistão, e suicidou-se em 2020, depois de anos a lidar com stress pós-traumático.

@realdonaldtrump

Should have never happened.

♬ original sound - President Donald J Trump

Na quarta-feira, a família deste general emitiu um comunicado, condenando as gravações em que aparece a sua campa. “Apoiamos totalmente a família do Sargento Darin Hoover e as restantes famílias na sua demanda por respostas e responsabilizações sobre a retirada do Afeganistão e a tragédia de Abbey Gate. Contudo, segundo a nossa conversa com o ANC, os funcionários da campanha de Trump não aderiram às regras para esta visita à campa do Sargento Hoover, que fica diretamente ao lado da campa do meu irmão“, declarou a irmã de Marckesano.

“Esperamos que aqueles que visitam este local sagrado percebam que estas eram pessoas reais que se sacrificaram pela nossa liberdade e que os honrem e respeitem como tal”, acrescentou Michele Marckesano, citada pelo New York Times.

O apoio dos militares

Depois de vários militares, sob condição de anonimato, terem dado razão às queixas da funcionária, o Exército emitiu esta quinta-feira um comunicado, em que critica a conduta dos membros da equipa de Trump. “Uma funcionária do ANC que tentou garantir a adesão às regras foi abruptamente empurrada. Consistente com o decoro esperado no ANC, esta funcionária agiu com profissionalismo e evitou outras perturbações”, pode ler-se no comunicado, citado pelo New York Times.

[Já saiu o quinto episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. Também pode ouvir aqui o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto episódios]

O Exército confirmou ainda as informações transmitidas a Michele Marckesano, de que as pessoas sabiam as regras do local. “Os participantes na cerimónia do dia 26 de agosto e na subsequente visita à Secção 60 foram informados das leis federais, regulações do Exército e políticas do Departamento de Defesa, que proíbem claramente atividades políticas nos terrenos do cemitério”.

A desvalorização dos republicanos, as críticas dos democratas

A resposta dos democratas surgiu na quarta-feira, numa breve declaração do porta-voz da campanha. “O incidente é muito triste, mas não é surpreendente vindo da equipa de Trump”, afirmou Michael Tyler.

Também na quarta-feira, num comício na Pensilvânia, JD Vance acusou os media de “criar uma história onde esta não existe”. “Membros da equipa tiveram um pequeno desacordo. Trump foi convidado para estar ali e apoiar [as famílias das vítimas]”, declarou o candidato a vice, aproveitando o momento para deixar críticas a Kamala Harris. “É uma desgraça. Querem uma história sobre aquele 13 americanos que perderam a vida? Kamala Harris está tão a dormir ao volante que nem investiga o que aconteceu”, acusou, citado pelo Washington Post. Contudo, esta acusação é totalmente falsa, já que várias agências federais abriram longas investigações ao atentado em Cabul.

O porta-voz de Donald Trump, por sua vez, desvalorizou a situação na terça-feira, afirmando que a funcionária “sofria de um episódio de saúde mental”. Na quarta-feira, confrontando com a falsidade destas declarações, corrigiu, acusando a mulher de “iniciar contacto físico descabido e desnecessário”. Porém, Stephen Cheung ainda não reagiu às críticas da família de Marckesano. Outro oficial da campanha, classificou a mulher como “um ser desprezível que não merece representar o solo sagrado do Cemitério Nacional de Arlington”.

Entre as declarações contraditórias de Vance e dos porta-vozes, apenas um republicano emitiu um pedido de desculpas. O Governador do Utah, que esteve presente na homenagem e publicou uma fotografia com Trump nas suas redes sociais, respondeu a uma publicação crítica, reconhecendo o erro. “Este não foi um evento de campanha e nunca devia ter sido usado como tal. A minha campanha vai emitir desculpas”, escreveu Spencer Cox no X.

 
Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio a cliente

Este artigo é exclusivo a assinantes
Tenha acesso ilimitado ao Observador a partir de 0,18€ /dias

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Ver planos

Apoio a cliente

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Apoie o jornalismo. Leia sem limites. Apoie o jornalismo. Leia sem limites.
Desde 0,18€/dia
Apoie o jornalismo. Leia sem limites.
Apoie o jornalismo. Leia sem limites. Desde 0,18€/dia
Em tempos de incerteza e mudanças rápidas, é essencial estar bem informado. Não deixe que as notícias passem ao seu lado – assine agora e tenha acesso ilimitado às histórias que moldam o nosso País.
Ver ofertas
Vá de férias com a Rádio Observador. 
Temos 3 vouchers de estadia Pestana Hotel Group Temos 3 vouchers
Vá de férias com a Rádio Observador

Vá de férias com a Rádio Observador

Temos 3 vouchers de estadia Pestana Hotel Group. Basta dizer-nos porque é que a Rádio Observador é, para si, a melhor rádio de Portugal.

Participar
Vá de férias com a Rádio Observador