O Harvey perdeu intensidade e converteu-se numa depressão tropical, anunciou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, alertando, porém, que as inundações vão manter-se em zonas do sudeste do Texas e sudoeste do Louisiana.

No boletim do final da tarde de quarta-feira, o Centro Nacional de Furacões (NHC) indicou que o Harvey localizava-se a 16,09 quilómetros a sudoeste de Alexandria, Louisiana, transportando ventos máximos sustentados de 56,32 quilómetros por hora.

Segundo o NHC, a ameaça de chuvas torrenciais nas zonas de Houston e Galveston acabou, mas perigosas inundações vão continuar a afetar as áreas de Houston, Beaumont e Port Arthur (Texas) e o sudoeste do estado do Louisiana.

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A tempestade tropical Harvey provocou direta ou indiretamente 33 mortes, de acordo com o mais recente balanço oficial.

A chuva que caiu em Houston, no Texas, desde a chegada do Harvey — furacão de categoria 4 numa escala de 5, que se transformou depois em tempestade tropical –, atingiu em quatro dias a altura de 127 centímetros, desencadeando inundações sem precedentes na cidade de 2,3 milhões de habitantes.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai regressar no sábado ao estado do Texas, onde esteve na terça-feira, para visitar a zona mais afetada pelas inundações provocadas pelo Harvey.

Trump esteve na terça-feira em Corpus Christi, cidade com 320 mil habitantes onde o furacão Harvey tocou terra na sexta-feira, mas que não foi tão afetada pelas chuvas como Houston, que sofre inundações sem precedentes na história dos Estados Unidos.

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O Presidente norte-americano também esteve em Austin, a capital do Texas, onde se reuniu com as autoridades estatais e serviços de emergência.

A tempestade tropical Harvey é o primeiro desastre natural que Trump enfrenta enquanto Presidente dos Estados Unidos, e uma das preocupações é a de não repetir os erros de George W. Bush com o furacão Katrina, nomeadamente os atrasos na resposta à devastação de Nova Orleães, no estado de Louisiana.

O balanço do Harvey permanece baixo quando comparado com o do furacão Katrina, que provocou 1.800 mortos entre a população de Nova Orleães, vítima da subida brutal nas águas do mar e da rutura dos diques. Contudo, os responsáveis texanos receiam que se agrave à medida que a água for recuando e seja facilitado o acesso às zonas mais inundadas.

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