O tempo para se encontrar uma solução para a Grécia começa a escassear, avisou esta quinta-feira o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que adiantou que não sabe se o Estado grego tem tesouraria suficiente para continuar a fazer pagamentos e que poucos têm sido os progressos alcançados. Já o ministro das Finanças da Eslováquia diz que a paciência começa a ser pouca entre os governantes europeus.

À chegada a Bruxelas para a cimeira europeia, o presidente do Eurogrupo, que também estará presente na reunião após a cimeira entre Alexis Tsipras, Angela Merkel, François Hollande, Mario Draghi, Jean-Claude Juncker, e possivelmente também o presidente do Parlamento Europeu Martin Schultz, foi mais uma voz da preocupação em relação à atual situação da Grécia.

“Penso que [a reunião d]esta noite servirá apenas para avaliar os progressos alcançados que parecem ser poucos”, disse o holandês. Questionado pelos jornalistas presentes se a posição de liquidez da Grécia era estável, Jeroen Dijsselbloem disse apenas: “não tenho a certeza”.

O presidente do Eurogrupo reafirmou que os países da zona euro estão dispostos a ajudar a Grécia, desde que isso seja feito no âmbito do acordo alcançado entre os países da zona euro na reunião do Eurogrupo a 20 de fevereiro. “Estamos prontos a ajudá-los na base do acordo alcançado a 20 de fevereiro no Eurogrupo”, sublinhou, alertando para o problema da falta de tempo. “Não temos muito tempo, tempos de regressar ao trabalho”, disse.

Também hoje, numa entrevista, o ministro das Finanças da Eslováquia disse que os países da zona euro estão a perder a paciência com a Grécia e que está muita política em jogo nas negociações.

O cenário base é de continuação da Grécia na zona euro, diz Peter Kazimir, que considera que o cenário de ‘Grexit’ seria um “cenário doido”, mas também que os gregos têm de entregar números fiáveis e verificáveis à zona euro, que, diz, está unida a pedir aos gregos que torne os seus planos claros.

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