Os Jogos Olímpicos de 2024 começam, em Paris, no próximo dia 26 de julho e terminam a 11 de agosto. Uma publicação nas redes sociais garante que um vídeo mostra uma campanha, com várias estátuas de deuses gregos, para promover o evento. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que nas redes sociais e no site dos Jogos Olímpicos não se encontra qualquer partilha deste conteúdo. Para a edição deste ano dos Jogos, a mascote escolhida foi a Phryge, símbolo de liberdade e representação alegórica das figuras da República francesa, que nada tem a ver com o vídeo em causa. Também olhando para o canal de Youtube, por exemplo, não se vislumbra qualquer vídeo sequer semelhante ao que o autor partilhou nas redes sociais.
Usando plataformas de identificação de imagens como a Google Images chegamos à conclusão de que estamos perante um conteúdo gerado por Inteligência Artificial. Existe uma página do Pinterest, uma plataforma de partilha de imagens, onde é possível ver um vídeo igual ao da publicação que o Observador está a verificar. O único problema é que não contém qualquer referência aos Jogos Olímpicos. Há que acrescentar que é possível encontrar estes vídeos no Instagram de pessoas que trabalham em animação e que não estão ligados ao evento desportivo que irá decorrer em Paris. Ou seja, é um conteúdo feito em nome próprio sem que tenha sido encomendado pela equipa organizadora daquele evento desportivo.
Conclusão
O vídeo partilhado sobre uma suposta estátua dos Jogos Olímpicos é, na verdade, conteúdo gerado por Inteligência Artificial. Esse conteúdo já pareceu em diferentes redes sociais, como o Instagram ou o Pinterest, mas nunca associado ao evento desportivo que decorre este verão. Consultando o site e as redes oficiais dos Jogos Olímpicos, que vão decorrer em Paris, também não foi possível encontrar nenhum resultado semelhante.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.