|
De forma mais ou menos determinada, praticamente todos os construtores de automóveis andam focados na melhor forma de tirar partido das baterias, isto é, ganhar com a transição para os modelos 100% eléctricos. A Stellantis decidiu juntar o útil ao agradável e fintar a crise dos chips para, de uma assentada, deixar de ficar refém de fornecedores e abrir nova fileira de negócio. Já a Volkswagen, o primeiro grupo “tradicional” a assumir uma entrada de cabeça na ofensiva eléctrica, tem vindo a afinar o tiro. O patrão tinha garantido que não haveria descontos para ninguém, mas aí estão eles em Portugal, com uma redução que chega aos 4500€ na gama ID. O mesmo Oliver Blume – ligado no passado ao antigo director executivo da Audi, Rupert Stadler, que foi condenado esta semana – também recuou nas decisões de investimento. No passado, achou melhor adiar o projecto Trinity, agora voltou atrás e reconheceu (finalmente) que as marcas do seu grupo só podem evitar ser esmagadas pela jovem concorrência com uma nova plataforma, que simplifique a produção e esteja preparada para oferecer até 1700 cv. |
Mas as voltas e reviravoltas não ficaram por aqui. A Alpine, por exemplo, deixou cair o acordo que tinha com a Lotus e decidiu fazer a sua própria arquitectura, uma base virada para a performance e que dará vida a alguns dos sete novos desportivos eléctricos aguardados até 2030. Já a Aston Martin entende que não há que inventar: para não correr riscos, o fabricante britânico decidiu “casar” com quem sabe (mesmo) de plataformas específicas para modelos a bateria, a Lucid Motors. E não terá sido de ânimo leve que o jovem fabricante norte-americano brilhou num estudo realizado por alemães, acerca da rapidez de carregamentos convertida em autonomia. A Lucid impõe-se, com até 335 km em 20 minutos, mas não deixe de conhecer aqui os restantes nove modelos que compõem o top 10. Ainda a propósito de carregamentos, vale a pena ler este explicador e estar atento ao que se passa lá fora. Nem tudo o que é publicitado serve mesmo o cliente e, por isso, o regulador de publicidade britânico proibiu anunciar tempos de carga que dificilmente se registam, porque os postos de carregamento que os tornariam viáveis são poucos ou inexistentes. |
A Toyota foi uma das visadas nessa interdição, mas por cá preferimos concentrar-nos na tecnologia híbrida e híbrida plug-in (PHEV) do construtor nipónico. Instaladas no novo Prius – e que em breve serão reproduzidas na 2.ª geração do C-HR –, as mecânicas híbridas reduzem os consumos, enquanto as PHEV passam a usufruir de quase o dobro da potência, sem prejudicar o consumo e emissões. Mas o grande trunfo é a autonomia em modo eléctrico, que transforma o Prius num híbrido plug-in de se lhe tirar o chapéu. Quem também apostou nos híbridos foi a Renault, com o seu novo topo de gama Rafale, um pouco à semelhança da Mazda, que transformou o eléctrico MX-30 num PHEV. A autonomia em modo eléctrico baixa, mas a autonomia total sobe, à conta do regressado motor rotativo Wankel. |
|
A semana em marcha-atrás
|
|
Toyota
|
|
A Toyota revelou a segunda geração do C-HR, que foi concebido e é fabricado na Europa, para os condutores europeus. Apura a ousadia de linhas e junta à mecânica híbrida, a nova híbrida plug-in.
|
|
|
|
Mazda
|
|
Depois de ter sido descontinuado em 2012 por não cumprir as normas de emissões, o motor rotativo Wankel, que a Mazda adoptou com grande devoção, volta a ser produzido. Agora ao serviço do MX-30 R-EV.
|
|
|
|
Toyota
|
|
A Toyota desafiou-nos a conduzir o novo Prius, que começará a chegar aos clientes ainda este mês. Dizemos-lhe o que gostámos mais e menos, bem como quanto custa, como anda e quanto gasta.
|
|
|
|
|
Renault
|
|
Assente na plataforma que serve o Espace, o Rafale é um SUV coupé híbrido de 200 cv que integra tudo o que de melhor a Renault tem para dar (inclusivamente uma versão 4x4 de 300 cv). Chega em Maio.
|
|
|
|
Volkswagen
|
|
O gigante alemão anunciou que pretende uma rentabilidade média de 6,5% em 2026 e esta estratégia passa por se focar em modelos de maior produção, abandonando veículos menos vendidos, como o Arteon.
|
|
|
|
Em modo eléctrico
|
|
Elétricos
|
|
Encontrar um posto disponível (e operacional) e esperar pelo carregamento da bateria sempre foram apontados como argumentos a desfavor dos modelos eléctricos. Estes 10 são os que perdem menos tempo.
|
|
|
|
|
Alpine
|
|
A Alpine anunciou os planos para os próximos anos e vão criar água na boca aos fãs da marca. Além de uma plataforma própria para o novo A110, em vez de usar a da Lotus, promete sete novos eléctricos.
|
|
|
|
Citroën
|
|
A Stellantis tem vindo a reforçar a oferta dos eléctricos das suas diferentes marcas com um motor mais possante e uma bateria maior, com até 420 km autonomia. Agora chegou a vez dos ë-C4 e ë-C4 X.
|
|
|
|
|
BYD
|
|
O hatchback eléctrico Dolphin é o lançamento mais aguardado da BYD, pois representa a proposta mais acessível da marca chinesa no mercado português. Encomendas em breve com preços a partir de 29.990€.
|
|
|
|
Volkswagen
|
|
A VW descartou alinhar na baixa de preços desencadeada pela Tesla, mas parece que afinal vai à guerra. Por cá, o renovado ID.3 está 2734€ mais barato que o antigo e os descontos nos ID chegam a 4500€.
|
|
|
|
Muito à frente
|
|
Aston Martin
|
|
A Aston Martin assinou uma parceria com a Lucid, que fornecerá a tecnologia para que os veículos eléctricos do construtor inglês figurem entre os mais potentes e com maior autonomia do mercado.
|
|
|
|
|
|
Opel
|
|
Para a Opel não há mas nem meio mas. Depois de lançado o desafio "Design Hack", a marca cumpriu a promessa e construiu o projecto vencedor. O resultado é um one-off radical com base no Rocks Electric.
|
|
|
|
Stellantis
|
|
Quando eclodiu a crise dos semicondutores, a maioria das marcas de automóveis foi apanhada desprevenida e a produção ressentiu-se com a falta de chips. A Stellantis vê aí uma oportunidade de negócio.
|
|
|
|
Ponha os olhos nisto
|
|
BMW
|
|
A BMW tentou bater o recorde para SUV de série na difícil rampa de Pikes Peak e não correu bem. Um despiste destruiu o carro, mas não a vida do piloto Matt Mullins. O recorde continua com o Urus.
|
|
|
|
|
|
Lancia
|
|
Luca Napolitano é o CEO a quem a Stellantis atribuiu a difícil tarefa de fazer renascer a Lancia. O plano é muito ambicioso e o concept Pu+Ra HPE é o modelo que revela o futuro. Veja-o aqui em acção.
|
|
|
|
Citroën
|
|
Satisfazendo o interesse demonstrado pela série limitada My Ami Buggy, a Citroën fez uma segunda edição especial do quadriciclo eléctrico. Em Portugal, as 50 unidades foram vendidas em apenas 3h10.
|
|
|
|
Alerta sonoro
|
|
|
|
|
|