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Olá a todos. Prometo ser breve (até porque a Maria Ramos Silva já estará por aqui na próxima semana). |
Queria apenas deixar uma nota de nostalgia, a propósito do texto assinado pela Francisca Dias Real, que na Rua dos Douradores, em Lisboa, descobriu o Gala Gala, um bar que serve comida (podem pedir um cachorro quente com trufa, imaginem), cocktails e — mais especial do que os ingredientes anteriores — máquinas de jogos, também conhecidas como arcade ou jogos de arcada, enfim, cada um com o seu termo favorito. |
Mais importante ainda: no Gala Gala pode jogar “Street Fighter II”, um dos maiores clássicos da história dos jogos de vídeo. O título pode estar mais próximo de uma determinada geração — o jogo foi originalmente lançado em fevereiro de 1991, ou seja, fez 30 anos há uns meses — mas é pouco provável que até o mais novo proprietário de uma consola ultra moderna nunca tenha ouvido falar de Ryu, Ken, Chun Li, Blanca e restante grupo de personagens que lutavam à melhor de três rounds para chegar ao final. |
O jogo tem valor e este que vos escreve até foi hábil campeão de muitos desafios. Mas mais valor aqui tem o sítio e o momento até onde conseguimos voltar através de algo tão banal. É voltar ao bairro e aos desafios fora de horas quando finalmente podíamos ter o jogo numa versão doméstica, regressar ao “larga isso que está na hora de jantar” e ao “como é que vamos conseguir comprar a versão Turbo”. Revisitar a encruzilhada entre a adolescência e o resto que ainda estávamos por conhecer, coisas sérias à boleia de bonecos em luta, todos contra todos. |
Nesta newsletter têm muito mais para descobrir e conhecer, mas fica a dica: se apanharem um qualquer “Street Fighter” no meio da vossa correria diária, deem-lhe cinco minutos de atenção. Um jogo de vídeo é como muitas outras coisas que só fazem mal quando deixam de fazer bem, por isso não tenham problemas, gastem mais uma moeda. E pelo meio, comam um cachorro-quente, claro. |
Esta newsletter volta na próxima semana e eu em breve. Até lá. |