Uma pessoa sai pouco mais de 24 horas de um país e quando regressa parece que todos ensandeceram. Pior: parece que todos nos tomam por tontos capazes de engolir os mais desconchavados contorcionismos.
Estão a ver do que falo. Quinta-feira passada, quando ao fim do dia tomei um avião para um rápido compromisso em Cabo Verde recolhiam-se as canas de um foguetório parlamentar em torno de uma obsessão da extrema-esquerda doméstica, para quem é melhor um doente morto do que um doente tratado num hospital PPP. Sábado, quando aterrei, aterrei também em cima da ameaça de demissão do primeiro-ministro se for aprovada pelo Parlamento uma lei que, parece-me, não é no seu fundamento muito diferente de uma que o partido do Governo votou no final de 2017.
Leio os jornais, revejo as imagens teatrais que passaram nas televisões, e apetece-me voltar para Cabo Verde. Há limites para a pantominice.
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