A partir de agora não irei festejar o 25 de Abril. Não se trata de uma alteração da minha posição face a esse acontecimento histórico, nem de uma decisão definitiva, mas só voltarei a fazê-lo quando o 25 de Novembro tiver a mesma importância no calendário português.
Este ano, nesse dia, irei participar numa palestra sobre Liberdade, a realizar em Paredes de Coura, e insistirei na ideia de que a democracia, o respeito pelos direitos humanos, a opção europeia devem tanto ao 25 de Novembro de 1975 como ao 25 de Abril de 1974.
Por isso não compreendo como é que os socialistas e outras forças democráticas possam desfilar ao lado daqueles que quiseram fazer transformar Abril numa revolução burguesa que deveria ser apenas uma fase de transição para a revolução comunista. Surpreende-me quando alguns historiadores afirmam que o Partido Comunista Português não tencionava tomar o poder no Verão de 1975. Um partido revolucionário serve para quê? Exactamente para tomar o poder. Isso está escrito nas obras dos clássicos do marxismo-leninismo em todas as suas variantes: trotskismo, estalinismo, maoísmo, etc.
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