Eduardo Nelson da Costa Baptista:

Tenente-Coronel.

Esqueceu-se de entregar a documentação para ser candidato.

Não tem importância. Figura no boletim e isso é muitíssimo bom. Alguém o conhecia antes? Além da família?

Um bom voto para quem quiser desperdiçar votos e não lhe apeteça votar no Tino.

Só chateia pela maçada de ter de ser contado como nulo e baralhar as percentagens.

Marisa Isabel dos Santos Matias e, para arrumar o assunto, João Manuel Peixoto Ferreira:

Parecem diferentes. Não são. Mesmo considerando a diferença de sexo e julgo que de género, atrevo-me a imaginar, são iguais.

A ambos, o Professor Marcelo gaba o esforço pela consolidação da democracia socialista. Em ambos revemos o conservadorismo marxista-leninista.

Educados. Não deslustram quem os apoia. Boa cruz para quem acha que não quer saber mesmo nada da Presidência da República.

Votar só num destes, Marisa ou João, chateia o outro. E também chateia a Dra. Ana Gomes, que acredita vir a liderar mais uma esquerda, a frente SDQCNDIM, os socialistas descontentes a quem o Costa não dá a importância merecida. Com as autárquicas, na falta de empresas e direções-gerais que cheguem para todos, o Dr. Costa vai diminuir-lhe os putativos militantes.

Os que gostam do Professor Marcelo, somos TODOS, estejam descansados que o voto nos candidatos do BE e PCP não maça nada o Professor. Ele fica contente com todos os votos e será sempre o Presidente dos que o amam. De TODOS, não é?

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa:

É o único com estatuto e, obviamente, experiência política para poder ser PR.

Não tem adversário à altura. Logo aqui, poder-me-ia poupar ao resto do texto.

Serve para todos e em qualquer tipo de regime. Mesmo assim, vou continuar.

Diz que é de direita, mas fala como se fosse de esquerda. Faz bem, já que em campanha não espera obter mais votos da direita do que aqueles que já tem. Tonitrua que vai à Missa, o que é sempre bem.

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É perfeitamente previsível na sua imprevisibilidade psicológica, na densidade do seu maquiavelismo. Inteligentíssimo, ao ponto de cometer o erro mais comum dos apenas espertos, ou seja, às vezes acha-se mais espertalhaço do que o resto do povoado. Nem sempre resulta, mas para quem vê a “Cristina” e segue o “Big Brother” sem desconfiar que houve Orwell, serve perfeitamente.

Terá um segundo mandato, como poderia ser terceiro, quarto ou por aí fora, exatamente igual ao que sempre foi. Gosta de si como mais ninguém alguma vez gostará dele e isso determina-lhe os passos. Não terá nada de novo a acrescentar, o que, na comparação com os outros, já é muito bom.

Não precisa de ser eleito, mas não suporta a ideia de não usufruir de ser Presidente até ao fim das possibilidades.

É seguro no que será e que ninguém espere qualquer outra consequência da sua eleição que não seja a de podermos ser bem representados, porque é um homem educado, e deixar que a água política corra por onde tiver de ir. O mais parlamentar dos semi-presidencialistas da praça.

Tiago Pedro de Sousa Mayan Gonçalves:

Bem. Tornou-se conhecido. Diz que é da Iniciativa Liberal, mas ninguém da Iniciativa Liberal fala dele.

Educado. Inexperiente, mas a dita experiência não é posto. Vai dizendo umas coisas. Cá está, desde que não seja de política consequente e objectiva. Vá lá, parece ter umas ideias e não é só vaidoso.

Uma boa alternativa para chatear, sem ofender. Pelo menos é um candidato decente, acho, com pelo menos dois neurónios bem sinapsados.

André Claro Amaral Ventura:

O problema não é ser arruaceiro ou não sair dos clichés que o mantêm no ar. Faz isso bem e vai dizendo algumas verdades de que o establishment não gosta e ainda mais mentiras que algum povo anseia que fossem verdades.

Mistura coisas, confunde, repete-se. Um político para os terrenos que lhe deixaram por incúria e distracção. Ocupa espaços abandonados. Sorri  aos repudiados pelo 25 de Abril e atreve-se a desmistificar as burlas da Revolução. De caminho, abafa os êxitos da democracia, terraplana a direita e promete tudo como o mais escorreito comunista ou bloquista.

O candidato perfeito para quem quer ouvir o que lhe dá jeito, a ele e aos que só ouvem alguns dos sounbytes.

Concorre para marcar pontos. Não imagina ser eleito, mas pretende ser “O” líder da direita. Percebe-se que com um partido repleto de mediocridade, excepção feita ao Dr. Pacheco de Amorim, precise de uma outra chancela que lhe granjeie ser alguém. É esse o problema.

Entretanto, é uma possibilidade para quem achar que votar nele chateia mais o Professor Marcelo do que o Dr. Rui Rio. Desenganem-se, é ao contrário. Bem, para incomodar os dois é o voto certeiro.

Vitorino Francisco da Rocha e Silva:

O Tino

João Manuel Peixoto Ferreira:

Educado. Quando não o chateiam com coisas da família.

Já foi despachado com a camarada Marisa Matias, irmã desaguisada, mas sempre irmã na luta pela construção do verdadeiro socialismo e pela carruagem sem classes. Já o conseguiram no Metropolitano de Lisboa. Vitoriosos, sempre, tal como o Costa (não sou eu).

Ana Maria Rosa Martins Gomes:

Barulhenta. Tem razão em muito do que diz e perde-se por dizer de mais.

É uma maçada, porque o Professor Marcelo ocupou-lhe a esquerda e não consegue ser mais demagógica do que o Dr. André Ventura.

Seria uma candidata ideal para o PS, não fosse o Professor Marcelo também do PS… e dos outros todos.

O voto certo para os que acham que votar nela irrita o Dr. António Costa. Nem pensem nisso. O Dr. António Costa não quer saber deles, dos que votam Ana Gomes, porque nas eleições a sério já está decidido que ele ganha. Ou melhor, nunca perde.

José Não Quero Saber e Sou Abstencionista:

Culto. Acha que percebeu a coisa. Tem dias em que é educado.

Ganha, de caras. Só não sabe por quantos.

Se o José Abstencionista tiver uma esmagadora vitória na primeira volta, poderá haver uma segunda entre a Ana Maria Rosa Martins Gomes e o André Claro Amaral Ventura. Para ficar na história. Só seria mesmo interessante por, garantidamente, chatear o Professor Marcelo.

Vendo bem, decidir o sentido de voto só para chatear o incumbente diz muito dele e de todos os outros candidatos. Uma chatice.