Quase três anos após o referendo o impasse do Brexit mantém-se. A 12 de Março a Câmara dos Comuns votará o novo acordo com Bruxelas conseguido por Theresa May. Caso seja chumbado (o que é provável) os deputados britânicos votam se querem um hard Brexit (não se espera que o queiram) após o que decidirão por um adiamento da saída da União Europeia. Ou seja, quase três anos depois do referendo é provável que o impasse se mantenha até 2021. Não vou aqui discutir o Brexit, se é bom se é mau, mas o próprio referendo em si como modo de resolver questões cruciais para a vida de uma país.
‘Should the United Kingdom remain a member of the European Union or leave the European Union?’ A pergunta era simples, directa e os britânicos tiveram apenas de colocar uma cruz num dos dois quadrados vazios colocados em frente de ‘Remain a member of the European Union’ ou de ‘Leave the European Union?’. Não havia que enganar.
Mas se a pergunta era directa para que os eleitores exprimissem o que desejavam, já era vaga quanto às consequências. Assim, caso ganhasse (como ganhou) o ‘Leave’ como é que o Reino Unido iria sair da UE? E qual seria o posicionamento do RU relativamente à União Europeia? Sairia da União mas ficava na União Aduaneira, numa posição idêntica à da Turquia? Não ficava na União Aduaneira, mas aceitaria a livre circulação, à semelhança da Noruega e da Suíça? Ou saía da UE e pertenceria ao mercado único, como a Noruega e pacialmente a Suíça? Ou ainda outra possibilidade: sair totalmente e fazer acordos comerciais com a UE, o Canadá, os EUA, a Índia e o Japão?
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