Fazer resoluções de ano novo, ao som das badaladas da meia-noite ou durante os últimos dias de Dezembro e primeiros de Janeiro (vá, até aos Reis), em jeito de balanço do ano velho que passou é muitíssimo frequente e, ainda que haja quem o considere kitsch, sejamos honestos: não há qualquer problema com isso e mais ainda, pode até mesmo ser o prenúncio da vontade em mudar algo nas nossas vidas. No limite vale tanto como utilizar uma peça de roupa nova ou fazer barulho com tampas de panelas na passagem de ano. Mas convém diferenciar dos desejos que se enunciam engolindo religiosamente uma a uma as doze passas enquanto à volta todos gritam “Bom anoooooo”. Esses não custam nada a pedir, nem ao próprio nem a ninguém, e estão a anos luz de se transformarem em objectivos, muito menos dos concretizáveis.

Mas agora que se iniciou no calendário um outro ciclo e aproveitando a motivação que ainda possam sentir para planear um novo futuro mais próximo do ideal de cada um, falo-vos do André [nome fictício] que me procurou para ser melhor. Não para ser melhor no abstracto, do tipo melhor pessoa, melhor namorado, melhor pai. O André queria ser melhor a comunicar em público, queria sentir-se mais eficaz a transmitir as coisas que pretendia aos outros, sem o embaraço e a atrapalhação que lhe eram tão familiares e que o levavam a evitar tantas situações onde realmente queria brilhar.

Sabem uma coisa interessante acerca do André? É que ele não me procurou logo no início do novo ano com esta resolução na manga nem tão pouco esperou pelo fim do ano para então, sim, começar a trabalhar na mudança que desejava. Na verdade, pouco importa quando é que ele o fez, porque é quando decidimos que estamos prontos para abraçar o processo de transformar a nossa visão do tal futuro ideal em realidade que iniciamos o processo de estabelecimento de objectivos e também de desenvolvimento pessoal.

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