A polícia dinamarquesa abateu a tiro, às primeiras horas deste domingo, o presumível autor dos dois atentados na capital dinamarquesa, Copenhaga, este fim de semana. Destes atentados – um ao início da tarde de sábado e outro já na madrugada deste domingo – resultaram dois mortos e cinco feridos.

“Acreditamos que é o mesmo responsável que está por detrás dos dois incidentes e também cremos que o suspeito abatido pela polícia na estação de Norrebro é a pessoa responsável pelos assassinatos”, explicou em conferência de imprensa o inspetor chefe Torben Molgaard Jensen.

Entretanto a polícia dinamarquesa já revelou que o homem que foi abatido estava identificado pelos serviços secretos, mas não têm indicação de que ele tenha retornado recentemente da Síria ou do Iraque. Duas pessoas relacionadas com este ataque foram ainda detidas.

A operação policial iniciou-se logo após o primeiro atentado ainda no sábado, pelas 15h30 (hora local), num centro cultural onde decorria um debate sobre “arte, blasfémia e liberdade de expressão”, em homenagem ao jornal Charlie Hebdo. Desse atentado resultou um morto, de 55 anos, e três polícias ficaram feridos. De acordo com a imprensa dinamarquesa, Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé publicada em 2007, seria o alvo do ataque.

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Horas depois, a polícia dinamarquesa divulgava uma imagem do suspeito do atentado – um homem entre os 25 e 30 anos, com cerca de 1,85 m, atlético com aspeto de árabe – que foi visto no bloco de prédios perto da estação de Norrebro e a abandonar o local pouco tempo depois.

Perto da 1h00 (hora local), um novo atentado na capital da Dinamarca. Desta vez numa rua junto a uma sinagoga no centro da capital. Um homem (de confissão judia), que assegurava a vigilância do acesso à sinagoga enquanto decorria uma cerimónia de iniciação, foi baleado na cabeça, acabando por falecer, e dois agentes da polícia ficaram feridos durante um tiroteio.

O assassino fugiu a pé e por volta das 4h50 da madrugada o mesmo suspeito – que estava sob vigia da polícia – voltou ao bairro perto da estação de Norrebro. Aí começou o tiroteio entre o presumível autor dos dois atentados e a polícia, que acabou por levar a melhor, abatendo o suspeito.

A primeira-ministra dinamarquês Helle Thoning-Schmidt já divulgou um comunicado onde elogiou a polícia e condenou o “impiedoso ato de terror contra a Dinamarca”.

O Governo português já veio lamentar os ataques, considerando que “não se pode ceder ao medo”.