Centenas de pessoas marcharam, este sábado, pelas ruas de Ferguson para assinalar o primeiro aniversário da morte do jovem negro alvejado por um polícia, um caso que reacendeu o debate sobre a discriminação racial nos Estados Unidos.

Liderada pelo pai e familiares de Michael Brown, a multidão percorreu uma das avenidas de Ferguson, localizada no estado do Missouri, no centro dos Estados Unidos, palco de violentos tumultos em novembro passado, após um tribunal ter decidido não proferir acusação contra o polícia branco, identificado como Darren Wilson, que abateu a tiro o jovem de 18 anos, quando este se encontrava desarmado.

A marcha decorreu de forma pacífica sob a vigilância da polícia.

No entanto, ao final do dia, os manifestantes mostraram uma postura mais agressiva, com alguns a saltarem sobre as barricadas montadas pela polícia desafiando os agentes das forças de segurança.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os participantes ecoaram ‘slogans’ como “Mãos ao ar, não dispare” ou “Fazemos isto por quem? Fazemos isto por Mike Brown” durante a marcha que terminou na escola que Brown frequentava.

Uma série de iniciativas para assinalar o primeiro aniversário da morte do jovem negro estão previstas para hoje, como uma marcha silenciosa.

A 9 de agosto, Michael Brown, de 18 anos, foi abatido a tiro pelo polícia Darren Wilson, quando se encontrava desarmado, num caso que desencadeou massivos protestos e reabriu dois debates chave nos Estados Unidos: a discriminação racial e a violência policial.

O caso de Ferguson motivou uma série de manifestações em todo o país, com episódios violentos, que chegaram a estender-se a 170 cidades norte-americanas.