Há um dia que Raffi Freedman-Gurspan começou um novo desafio profissional. Trabalha agora como diretora de divulgação e recrutamento para o escritório privado da Casa Branca. A nova aquisição da equipa de Barack Obama é uma mulher latina assumidamente transgénero. E é a primeira a ocupar este cargo.

Não há como fugir ao marco da “primeira” da história. Mas esta promoção na carreira surge de forma natural, depois da experiência de Raffi como assessora política no Centro Nacional para a Igualdade Transgénero (NCTE). Com Obama de férias, os comentários ficaram para Valerie Jarrett, conselheira de longa data da Casa Branca. Em comunicado, Valerie referiu que a contratação de Raffi “demonstra o tipo de liderança que esta administração defende”.

A diretora executiva do NCTE também já reagiu à notícia. “O presidente Obama sempre disse que quer que a sua administração reflita a população americana. Acho que isso inclui as pessoas transgénero”, concluiu Mara Keisling. Segundo nota a Time, a comunidade LGBT congratula-se com o feito. O presidente e CEO da Conferência de Liderança para Direitos Humanos e Civis, Wade Henderson, salienta que esta nomeação “é um passo de avanço notável para a comunidade LGBT”.

A defesa da igualdade de direitos para homossexuais e transgénero já é uma marca do presidente Obama. Em janeiro, tornou-se o primeiro presidente a usar a palavra “transgénero” num discurso do Estado da Nação e, em abril, pedia o fim das terapias religiosas de conversão para LGBTI, depois das notícias de suicídio de vários adolescentes transgénero nos EUA. Obama proibiu em julho a discriminação na contratação de elementos transgénero para cargos no governo e prepara-se para fazer o mesmo nas Forças Armadas.

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