A presidente do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, em Itália, Mariella Enoc, fez saber esta terça-feira que entrou em contacto com o hospital britânico onde o bebé Charlie Gard é mantido vivo para averiguar a possibilidade de o bebé ser transferido.

“Fui contactada pela mãe de Charlie, uma senhora muito determinada, que me pediu para investigar a possibilidade de sermos nós a continuar os tratamentos de Charlie. Os nossos médicos estão a averiguar a situação”, disse Mariella Enoc, que falou com o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano para começar conversações formais com o embaixador em Londres.

A jurisdição do Hospital Pediátrico Bambino Gesù compete ao Vaticano. O Papa Francisco já tinha mostrado a sua solidariedade para com os pais de Charlie.

O hospital londrino, por sua vez, explicou que essa transferência não pode ser feita por motivos legais. O aval dos juízes que tinham ordenado o desligar das máquinas já tinha sido confirmado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O bebé Charlie nasceu com uma doença rara e degenerativa e está ligado a uma máquina de suporte de vida, no Great Ordmond Street Hospital, em Londres.

As máquinas que mantêm Charlie vivo vão ser desligadas na sexta-feira

A administração e os médicos do hospital londrino já tinham defendido um fim “com dignidade” para o bebé, mas os pais recusaram sempre essa possibilidade. Quando se soube, na semana passada, que as máquinas que mantém o bebé vivo seriam desligadas por ordem do tribunal, várias figuras mostraram o seu descontentamento para com a decisão.

O Papa Francisco mostrou-se solidário para com os pais de Charlie e Donald Trump fez saber no Twitter que está disposto a fazer o possível para salvar o bebé.