O Governo desmente que as regras definidas para o regresso da permissão das visitas a lares, tornadas públicas pelo ministério da Saúde e pelo Governo, tenham sido publicadas sem conhecimento da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS). Em nota enviada aos meios de comunicação social, é o próprio ministério de Ana Mendes Godinho que “vem desmentir o título da notícia da primeira página da edição deste sábado do jornal Expresso”, que refere que “Temido enviou regras a lares sem Mendes Godinho saber”.

O ministério tutelado por Ana Mendes Godinho diz ter sido contactado pelo semanário Expresso na tarde de quinta-feira, através de e-mail. Na resposta, diz ter sido “claro”, vincando que “os ministérios da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estiveram sempre articulados sobre esta situação, tendo os parceiros do setor social sido ouvidos sobre as orientações”. E tece mais considerações: “Não só o título da notícia é desmentido pela informação que o enviou, como não há qualquer facto ou alegação no texto que sustentem o mesmo”.

Na notícia que mereceu chamada de capa no semanário Expresso, este sábado, é referido que na véspera da notificação aos lares sobre o regresso das visitas, a ministra Ana Mendes Godinho tinha “estado reunida por teleconferência com os responsáveis das Misericórdias e das IPSS”. Além disso, três dias antes, teria “estado com os mesmos dirigentes para preparar o regresso à normalidade”, mas “nenhuma conclusão foi alcançada, tanto mais que a prioridade estava na reabertura das creches já a partir de segunda-feira”, aponta o Expresso.

Estas são as únicas referências que a notícia, que tem como título “Saúde ultrapassa ministra da tutela na abertura dos lares” e que na capa é apresentada como “Temido enviou regras a lares sem Mendes Godinho saber” — sugerindo desarticulação entre as duas pastas —, faz ao ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ou à própria ministra.

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