Morreram cinco pessoas com Covid-19 em Portugal nas 24h até à meia-noite deste domingo, o número de mortes menor desde 22 de março (poucos dias depois da primeira morte, a 16 de março). Este é um dos principais destaques do boletim diário divulgado este domingo pela Direção-Geral de Saúde, um relatório que dá conta de um aumento de 1% no número total de casos confirmados, com três em cada quatro novos casos registados em Lisboa e Vale do Tejo, algo que as autoridades justificam com o esforço específico de rastreio que está a ser feito na região, que tem detetado vários casos de doentes assintomáticos.

Veja aqui os destaques do boletim divulgado este domingo, 7 de junho.

Quinto dia consecutivo com mais de 300 novos casos

O número de casos confirmados aumentou em 342 para 34.693, uma subida percentual de 1%. Foi o quinto dia consecutivo de aumentos superiores a 300 pessoas, quando se fala em novos casos positivos confirmados por teste. Desde a semana anterior ao 25 de abril que não havia uma sequência tão longa, de cinco dias, com aumentos diários desta ordem.

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As cinco mortes registadas nas 24 horas até à meia-noite deste domingo elevam o total de vítimas com Covid-19 para 1.479 pessoas. Estes cinco mortos repartem-se entre um homem na casa dos 50 anos e quatro pessoas com mais de 80 anos – nesta faixa etária já morreram exatamente 1.000 pessoas, 430 homens e 570 mulheres. Se considerarmos 4.651 casos confirmados nesta faixa etária, até ao momento, as 1.000 mortes correspondem a mais de 21% dos casos.

Três dos óbitos surgiram na zona de Lisboa e Vale do Tejo e dois no norte.

Menos de 400 internados. O número mais baixo em mais de dois meses

Baixou para 398 o número de pessoas internadas como consequência da infeção pelo novo coronavírus, em todo o país. São menos de 400, no total, um número que já não se verificava há mais de dois meses.

Há, porém, mais um doente em cuidados intensivos do que na véspera: são 58 pessoas, segundo a DGS.

O boletim dá conta, também, de mais 188 recuperados, para um total de 20.995 pessoas. Há 1.352 pessoas a aguardar resultado laboratorial, com 29.312 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

Três em cada quatro novos casos foram em Lisboa e Vale do Tejo

A ministra da Saúde, Marta Temido, indicou que existem algumas discrepâncias neste boletim, designadamente em relação a casos registados no norte e no centro do país que não surgiram nas últimas 24 horas mas que só apareceram neste boletim.

Esse efeito poderá ter levado a que nos últimos dias tenha sido percentualmente mais significativa a acumulação de casos em Lisboa e Vale do Tejo. Ainda assim, com esse ajuste, foi em Lisboa e Vale do Tejo que se verificaram três em cada quatro novos casos – ultrapassou os 13 mil casos a zona de Lisboa e Vale do Tejo, ao passo que o norte se aproxima mais lentamente dos 17 mil casos, até ao momento.

Noutras regiões, desde 6 de maio que não havia tantos novos casos no Algarve (7) num só dia, e desde 15 de maio que não havia tantos casos no centro num só dia (24).

Cinco concelhos de Lisboa e Vale do Tejo em foco

As autoridades de saúde indicam que são cinco os concelhos de Lisboa e Vale do Tejo que concentram a maior parte das nossas infeções confirmadas, seja no âmbito do esforço de rastreio ou não.

A julgar pela tabela por concelhos, que a DGS reforça frequentemente ser apenas “indicativa”, Odivelas, por exemplo, registou em 24 horas 23 novos casos, para um total até ao momento de 678. Em Loures houve 18 novos casos (1.209, até agora), em Sintra mantiveram-se os mesmos 1.558 infetados até ao momento, a avaliar pelo boletim. O concelho de Lisboa já tem 2.614 casos, mais 19 do que na véspera, e a Amadora teve mais 8 casos, para um total de 1.031 infeções confirmadas até ao momento.

Quase metade dos doentes sentem tosse e 29% têm febre

Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 91% desses casos) mantêm-se praticamente inalterados em relação aos últimos dias, com maior preponderância de tosse (40%) e febre (29%), seguidas de dores musculares (21%) e cefaleias (20%).

Fraqueza generalizada (15%) e dificuldades respiratórias (11%) são os sintomas com menor taxa de incidência.

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