A União Europeia (UE) está pronta para endurecer as sanções à Rússia no caso de uma nova ofensiva contra a Ucrânia, reiterou esta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A UE está “pronta para adotar medidas restritivas suplementares” em coordenação com parceiros como a NATO, através do reforço e extensão das sanções atualmente em vigor devido às intervenções militares russas na Ucrânia, como a anexação da Crimeia e de Sebastopol, sublinhou Von der Leyen.

Numa declaração feita por videoconferência aos embaixadores dos Estados-membros, a líder do executivo comunitário referiu ainda que a UE “continua a apoiar totalmente a Ucrânia” e responderá “de forma apropriada a qualquer nova agressão, incluindo violações do direito internacional e toda e qualquer outra ação mal-intencionada” contra o bloco ou contra os seus vizinhos, incluindo a Ucrânia.

Na semana passada, o alto representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, tinha assegurado ao primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, o apoio “firme e decisivo” do bloco europeu fase a qualquer nova agressão contra a integridade territorial e soberania do país.

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Na segunda-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, assegurou que o exército ucraniano tem capacidade para contrariar “qualquer plano invasor do inimigo”, numa alusão à concentração de tropas russas na fronteira.

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A Ucrânia acusou a Rússia de concentrar mais de 90.000 soldados na fronteira com o objetivo de atacar o seu território durante o inverno.

Em paralelo, Moscovo acusou Kiev de ter concentrado 125.000 efetivos na região do Donbass (no leste), em plena linha da frente, o que significaria metade dos efetivos das Forças Armadas ucranianas.

A Ucrânia é palco desde 2014 de um conflito entre Kiev e os separatistas pró-russos no Leste do país, que já causou mais de 13.000 mortos e começou após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.

A tensão entre os dois países será abordada esta terça-feira numa cimeira online entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin.