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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 65.º dia do conflito?

Este artigo tem mais de 1 ano

No rescaldo do ataque a Kiev quando Guterres se reunia com Zelensky a comunidade internacional condena a Rússia. Hipótese de retirar civis de Azovstal pode concretizar-se esta sexta-feira.

Durante o encontro entre António Guterres e Volodymir Zelensky caíram dois mísseis cruzeiro perto do centro de Kiev.
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Durante o encontro entre António Guterres e Volodymir Zelensky caíram dois mísseis cruzeiro perto do centro de Kiev.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Durante o encontro entre António Guterres e Volodymir Zelensky caíram dois mísseis cruzeiro perto do centro de Kiev.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

O 65.º dia de guerra na Ucrânia começou com a confirmação da morte de uma jornalista e produtora da Radio Svoboda no ataque a Kiev de quinta-feira, enquanto o secretário-geral da ONU António Guterres visitava a capital ucraniana. Há cerca de uma dezenas de feridos também confirmados. O ministério da Defesa russo também já assumiu o ataque, durante a visita de  Guterres, reclamando ter usado “mísseis de longo alcance de alta precisão”.

No campo estratégico, as tropas russas continuam a concentrar os seus esforços no leste da Ucrânia, sobretudo em Kharkiv e Donbass, mas estão praticamente paralisadas no norte e a oeste. O próximo passo pode estar fora das fronteiras ucranianas, na região separatista moldava (apoiada pela Rússia) de Transnístria.

O mapa mais atualizado das movimentações das tropas russas e ucranianas no terreno

As forças russas continuam a avançar no leste da Ucrânia, região em que estão a concentrar os seus principais esforços militares (particularmente nas áreas de Kharkiv e Donbass). Apesar disso, nas regiões norte e oeste da Ucrânia, os avanços têm sido limitados ou nulos. Mas os EUA dizem ter indícios de que há forças russas a sair de Mariupol em direção a Zaporíjia, que fica a noroeste da cidade sitiada.

Este é um ponto de situação para resumir o que aconteceu nas últimas horas na guerra da Ucrânia. Siga também o liveblog do Observador para acompanhar os desenvolvimentos ao minuto e leia os trabalhos dos enviados especiais do Observador à Ucrânia, Carlos Diogo Santos e João Porfírio.

O que aconteceu durante a tarde a noite?

  • As últimas horas ficaram marcadas pelas declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que assegurou que a Rússia não está em guerra com a NATO, apesar de deixar várias farpas à aliança militar. Deixou ainda um aviso à Moldávia, para que o país se “preocupe” com “o seu futuro”.
  • A Ucrânia terá conseguido voltar a controlar a aldeia de Ruska Lozova, na região de Kharkiv, a 40 quilómetros da fronteira com a Rússia, avançam os serviços de informação ucranianos.
  • Volodymyr Zelensky continua disponível para se reunir com Vladimir Putin, apesar das atrocidades em Bucha e em Mariupol. O Presidente ucraniano considera que o encontro é importante, porque o seu homólogo russo é o “único homem que decide tudo na Rússia”.
  • O Presidente ucraniano considera que as forças russas são “mais cínicas” do que os nazis e denuncia que Moscovo está a tentar russificar Kherson, tentando implementar o rublo como moeda oficial.
  • Mais de 20 mil residentes de Mariupol já morreram desde o início da invasão russa à Ucrânia, adianta o autarca da cidade, Vadym Boichenko.
  • A União Europeia deverá aprovar, no início da próxima semana, um embargo faseado ao petróleo russo.
  • O secretário-geral da ONU, António Guterres, ficou “comovido pela resiliência e coragem do povo da Ucrânia. A minha mensagem para eles é simples: não vamos desistir”.
  • António Guterres não viu os ataques russos de quinta-feira a Kiev como um desrespeito por ele ou pela ONU, mas sim pelo povo ucraniano.
  • A Ucrânia diz que já causou cerca de 23 mil baixas no exército russo desde o início da invasão. Um dos conselheiros do Presidente ucraniano, Oleksiy Arestovych, indica que a Rússia regista “perdas colossais” nas suas tropas.
  • Perto de 80 sobreviventes do Holocausto já foram retirados da Ucrânia desde o início da guerra, devido aos esforços da JDC, uma organização de apoio humanitário que se dedica a ajudar judeus em todo o mundo.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O ministério da Defesa britânico considera que a batalha em Donbass continua a ser o “principal foco” russo, uma vez que Moscovo quer controlar Donetsk e Lugansk;
  • Zelensky diz que está programada para esta sexta-feira operação de retirada de civis de Mariupol. “Uma operação destinada à saída de civis da fábrica pode decorrer hoje”, disse a presidência da Ucrânia, através de um comunicado;

  • Rússia assumiu ataque a fábrica de mísseis em Kiev. “As forças armadas da Federação Russa continuam a operação militar especial na Ucrânia”, afirmou o ministério num comunicado –citado pela Reuters — onde reconhecia ter usado “mísseis de longo alcance de alta precisão”;
  • Em resultado desse ataque pelo menos uma pessoa morreu, esta manhã a Radio Svoboda confirmou que se trata de uma jornalista e produtora, Vira Hirych;
  • A França e a Alemanha já condenaram os ataques. França fala de “ataques indiscriminados” e a Alemanha classifica-o como “desumano”; Veja aqui as fotografias dos enviados especiais do Observador em Kiev, que retratam a destruição do ataque.
  • ONG britânica alega que dois voluntários foram capturados pelos russos em Zaporíjia;
  • UE aplaude contenção da Moldávia face a incidentes na Transnístria;

Mais cedo

  • Em entrevista à RTP, o secretário-geral da ONU, António Guterres comentou os bombardeamentos na capital, admitindo que ficou chocado não por o ataque ter acontecido durante a sua visita, mas porque Kiev “é uma cidade sagrada quer para os ucranianos quer para os russos”. “Chocou-me”, disse.
  • Volodymyr Zelensky também se referiu aos ataques em Kiev, na mensagem diária, dizendo que os mísseis lançados sobre a capital “dizem muito sobre a atitude da Rússia para com instituições internacionais” e sobre “os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que a Organização representa”.
  • Após o encontro no Palácio Presidencial, em Kiev, Zelensky e Guterres deram uma conferência de imprensa conjunta em que o Presidente da Ucrânia assegurou que Kiev está pronta a “encetar negociações de imediato para garantir a saída de civis da fábrica de Azovstal, em Mariupol
  • Sobre a Azovstal, Guterres também disse, à RTP, que estão em curso “discussões” para a retirada em segurança dos civis. Mas a operação é “extremamente complicada” porque os civis “vão ter de atravessar uma das linhas de confronto”.
  • O Ministério da Defesa da Ucrânia revelou que identificou dez dos soldados russos responsáveis pelo massacre em Bucha, cidade a cerca de 40 quilómetros de Kiev onde em março foram encontrados cerca de 400 cadáveres de civis ucranianos. Nenhum dos soldados agora indiciados foi capturado pelas forças ucranianas.
  • O Presidente dos EUA, Joe Biden, propôs ao Congresso, esta quinta-feira, um reforço da ajuda à Ucrânia na ordem dos 33 mil milhões de dólares (mais de 31 mil milhões de euros), assim como um endurecimento das sanções à Rússia, segundo autoridades dos EUA citadas pela Reuters.

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