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A Polónia, Letónia e Lituânia pediram o reforço das defesas da fronteira oriental da NATO na sequência da chegada do líder do Grupo Wagner à Bielorrússia.
Em declarações à televisão nacional polaca, Andrzej Duda disse que a Polónia considerava a deslocação de Yevgeny Prigozhin como “um sinal extremamente negativo” e que pretendia dizer isso mesmo aos seus aliados.
“Estamos agora a fortificar a segurança do flanco de leste da NATO — a Polónia e os Estados bálticos. Vemos o que se está a passar no Leste. O grupo Wagner está a ir para a Bielorrússia, é um sinal muito negativo para nós, e pretendemos dizê-lo aos nossos aliados“, sustentou o Presidente polaco, destacando a importância de tomar medidas de reforço das fronteiras.
A chegada do grupo mercenário de Yevgeny Prigozhin à Bielorrússia tem feito soar os alarmes em vários dos Estados que partilham uma fronteira com o país de Alexandr Lukashenko. Nesse sentido, e a poucos dias do começo da cimeira da NATO em Vilnius, a Letónia e a Lituânia ecoaram os apelos da Polónia para um reforço da presença de militares da Aliança Atlântica nas suas fronteiras.
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“Esta ação tem de ser analisada num enquadramento de segurança diferente. Já vimos as capacidades destes mercenários”, afirmou citado pela Sky News o ministro dos Negócios Estrangeiros letão, Edgars Rinkevics. A mesma posição foi sublinhada pelo se homólogo lituano, Gabrielius Landsbergis, que lembrou que as fronteiras dos dois países se situam a “poucas centenas de quilómetros” do foco das tensões do último fim de semana.
Este está longe de ser o primeiro apelo lançado pelos responsáveis dos países mais a leste do bloco da NATO que, desde o início da invasão, têm insistido no reforço do contingente militar da aliança para dissuadir uma potencial ameaça da Rússia e dos seus aliados.
O governo de Varsóvia, em particular, tem desde o início do ano mantido conversas com os Estados Unidos no sentido de aumentar o contingente norte-americano no país, isto já depois de, em junho de 2022, o Presidente Joe Biden ter anunciado que um comando de miliares de Washington seria destacado em permanência para a Polónia pela primeira vez desde a sua adesão à NATO.
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