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As urnas de voto abriram este domingo às 8h00 e multiplicam-se os apelos dos líderes partidários para que os portugueses exerçam o seu direito ao voto, lembrando que se assinala em 2024 os 50 anos da democracia em Portugal e sublinhando a importância de derrotar a abstenção.

Rui Rocha foi o primeiro dos líderes partidários a votar este domingo. Em Braga, o líder da Iniciativa Liberal assumiu que “as expectativas são as melhores”. “É o dia de os portugueses manifestarem a sua vontade democrática (…). O país que espero é um em que tenhamos a possibilidade de as gerações poderem deixar às futuras gerações um país melhor“, afirmou.

Seguiu-se pouco depois o secretário-geral do PCP, que votou na Moita e disse ter a expectativa que a taxa de abstenção seja este ano mais baixa. “Estamos nos 50 anos do 25 de Abril, é um bom momento para afirmar Abril (…) Dava uma sinal importante uma participação elevada nestas eleições e é isso que eu desejava”, disse Paulo Raimundo.

Já o porta-voz do Livre, que votou na Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa, reconheceu que a abstenção “é sempre uma preocupação”, mas que espera que haja uma elevada participação eleitoral. “É o dia em que somos todos iguais, em que o voto vale o mesmo para cada um“, destacou Rui Tavares.

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Depois de votar em Lisboa, a coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que as pessoas vão votar este domingo “com convicção”. “Temos de celebrar a democracia que conquistámos há 50 anos, não só do ponto de vista simbólico, mas todos os dias e em particular no dia das eleições”, defendeu Mariana Mortágua. “Não deixam que ninguém decida por vocês”, acrescentou.

Do mesmo modo, a líder do PAN sublinhou que esta é uma data por demais importante para que a abstenção saia vencedora. Depois de uma campanha que descreveu como “muito esclarecedora”, Inês Sousa Real disse que “a bola está do lado dos eleitores”. “Faço o apelo a todas as pessoas, por mais insatisfeitas, por mais frustradas que se possam sentir com a democracia e com a vida política que participem.”

Também o líder do CDS e integrante da Aliança Democrática sublinhou a importância de “diminuir a abstenção o mais possível”, destacando que notou este ano uma maior adesão da população durante o período da campanha eleitoral. Nuno Melo mostrou-se confiante quanto aos resultados das eleições e garantiu que este será “um dia histórico e único” para o CDS.

Depois de votar em Espinho, e com viagem programada para Lisboa para assistir à noite eleitoral, o líder da Aliança Democrática disse estar “muito tranquilo” e esperar que o processo seja marcado por uma elevada participação dos portugueses. “Hoje é um dia que deve ser marcado pela alegria, pela esperança e pelo futuro. É isso que se espera que a vontade popular possa expressar e a partir de amanhã nascerá esse futuro”, afirmou Luís Montenegro.

Já o secretário-geral do PS disse estar “entusiasmado” no que descreveu como o dia da democracia e um dos mais importantes da vida coletiva. “Não podemos deixar para os outros a decisão sobre o futuro que queremos para o nosso pais”, sublinhou Pedro Nuno Santos. E acrescentou: “É também um dia a partir do qual vamos construir o nosso futuro, com muito esperança e sem dar um passo atrás”.

O líder do Chega, que foi o último dos líderes partidários a votar, sublinhou que é o momento dos portugueses mostrarem a sua voz. “Não nos podemos queixar depois se hoje não mostrarmos a nossa voz”, apontou. Considerou que “ninguém vai votar enganado” este domingo e que as pessoas sabem as opções que têm ao seu dispor. Garantiu estar “muito otimista e com muita confiança” quanto aos resultados das eleições.

É dia de o povo “falar” no final de uma campanha “esclarecedora”

Outras figuras da política também deixaram este domingo um apelo ao voto. Em declarações aos jornalistas depois de ter votado no Porto, o presidente da Assembleia da República insistiu que é um dia “muito importante”. “Ontem [sábado] calámo-nos todos e hoje [domingo] falará o povo e todos respeitaremos a vontade do povo“, garantiu.

“Todas as eleições são importante, mas penso que estas são particularmente importantes para o futuro do país”, defendeu ainda o ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva. Descrevendo a campanha eleitoral como “esclarecedora”, disse ter esperança que exista uma inversão da tendência de crescimento da abstenção que se verificou nos últimos anos.

Também o primeiro-ministro demissionário sublinhou que é fundamental que ninguém fique em casa. Em declarações aos jornalistas após votar na Escola José Salvado Sampaio, em Lisboa, António Costa disse que não há melhor forma de celebrar os 50 anos de democracia em Portugal do que exercer o direito ao voto.

Lembrando que há quase 30 anos que não vive um ato eleitoral sem ser candidato, admitiu que vai acompanhar a noite de eleições com algum nervosismo. “Estou com a sensação do jogador que passa a adepto. Tive ainda a felicidade de assistir a muitos jogos ao lado do Eusébio. E eu hoje percebo o nervosismo que ele tinha quando estava sentado na bancada”, explicou.