A cabeça de lista do RIR às eleições europeias de 9 de junho, Márcia Henriques, defendeu esta quarta-feira que a União Europeia deve isentar os portugueses do pagamento de IVA nos consumos domésticos de eletricidade.

“Portugal é dos maiores produtores de energia verde da UE. A proposta que fazemos é que a comunidade europeia isente o IVA nos consumos domésticos de eletricidade, acho que é uma justiça que tem que ser feita, porque ter luz em casa não é um luxo, é uma necessidade”, disse Márcia Henriques, antes de uma reunião no Gabinete do Parlamento Europeu, em Lisboa.

A candidata do Reagir Incluir Reciclar (RIR) afirmou que “em Portugal a transição energética está a ser feita a todo o gás” e questionou: “Em que é que isso se repercute na nossa conta de eletricidade?”.

Sendo nós, atendendo ao nosso poder de compra, o quinto ou sexto país da UE com eletricidade mais cara, faz todo o sentido, sendo nós agora os maiores produtores de energia verde recebermos esse beneficio. A UE deve fazer aqui uma discriminação positiva isentando de IVA os consumos de eletricidade”, afirmou.

Com uma semana e meia de campanha eleitoral, Márcia Henriques admitiu que a aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Só se fala em PRR e não se vê o PRR aplicado em lado nenhum, essa é uma preocupação: para onde estão a ir os milhões?“, referiu Márcia Henriques, alertando para a necessidade de fiscalização.

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“O dinheiro, se existe, tem que estar nalgum lado, as pessoas não o sendo desconfiam. Para uma maior transparência, a fiscalização tem que ser feita e a informação tem que passar para que ninguém desconfie”, considerou.

Márcia Henriques visitou esta quarta-feira o Gabinete do Parlamento Europeu, em Lisboa, uma atividade de campanha eleitoral que classificou como “uma aprendizagem”. “Queremos ficar verdadeiramente envolvidos na forma de trabalhar do Parlamento Europeu, e nada melhor do que vir à fonte”, disse.

Criado em 2019, o RIR concorre pela primeira vez a eleições europeias, com a candidata e presidente a assumir que o objetivo “pelo menos manter, ou se possível subir a votação das legislativas de março [26.121 votos]”, mas consciente de que as eleições de domingo, “costumam ter uma abstenção muito elevada”.

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.