Enquanto dormia… |
… O Governo apresentava a sua proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. Um orçamento que continua a ser de desfecho absolutamente imprevisível — o PS está (e estará) a analisar o documento, recusando-se, para já, a dizer quando tomará uma decisão sobre o sentido de voto; e o Chega, pela voz do próprio André Ventura, já disse que não dará o seu “aval” à proposta e, portanto, “claro” que votará contra. |
O Observador fez um acompanhamento exaustivo do dia orçamental e pode ver todo o resultado desse trabalho nos links mais abaixo — entre simulações de IRS (para jovens e menos jovens), promessas ministeriais, análise aos Vencedores e aos Vencidos, medidas setor a setor e, enfim, tudo o que terá impacto no bolso dos contribuintes. Com toda a incerteza sobre o desfecho deste processo, uma pergunta: e se o Orçamento passar, como será 2025? Foi esse o cenário em análise no mais recente episódio da História do Dia, na Rádio Observador. E é também sobre onde nos podem levar os próximos passos no processo orçamental que se fala no Contra Corrente (a partir das 10h10). |
Mas houve muito mais que números e tabelas em dia de Orçamento. Em entrevista à CNN, André Ventura garantiu que Luís Montenegro lhe propôs, olhos nos olhos, um acordo com vista aos 50 “sim” dos deputados do Chega no Parlamento. Mais: o primeiro-ministro estaria mesmo disposto a que, “mais para a frente, o Chega viesse a integrar o Governo”, garantiu Ventura. “Mentira” (“MENTIRA”, se quisermos ser absolutamente rigorosos), escreveu Montenegro na rede social X, ainda o líder do Chega não tinha saído do estúdio. Essa seria, na verdade, uma das reações mais soft à suposta, alegada, putativa revelação da noite. Nos minutos seguintes, vários membros do Governo desmentiram André Ventura em termos que colocavam em causa a credibilidade — para dizer o mínimo — do líder do Chega. |
As águas da política nacional agitavam-se por mais motivos. As eleições presidenciais estão ainda relativamente longe no calendário, mas ao mesmo tempo estão quase aí. A 14 meses de ida a votos, Marques Mendes, que já era a hipótese mais provável no boletim, passou a ser a escolha quase inevitável como candidato apoiado pelo PSD a Belém. O anúncio, esse, só deverá ser feito no próximo ano, como escreve o Rui Pedro Antunes. |
E, a terminar, viremos o olhar para cima. Cinco meses depois, as luzes do Norte desceram novamente até latitudes muito baixas e onde são muito raras de avistar. Resultado: na última noite, pôde ver o céu do país pintado de roxo e rosa — é que as auroras boreais voltaram a Portugal e outros países do sul da Europa, onde são muito raras. Tudo devido a uma tempestade solar. A Filomena Martins conta-lhe tudo sobre este fenómeno inesquecível. |
Nesta newsletter encontra as notícias desta manhã, mas para se manter informado ao longo do dia pode consultar o nosso site e a rádio do Observador. Para se distrair do mau tempo que se prevê para hoje, dia em que quatro distritos estão sob aviso laranja (e depois de garantir que se mantém seguro), proponho-lhe que espreite (e experimente, se ainda não o fez) o nosso Sudoku e o AbraPalavra. |
Tenha uma boa sexta-feira. |