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Muito se discutiu o timing da entrevista concedida por Pedro Passos Coelho a Maria João Avillez, para o podcast Eu estive lá, da Rádio Observador. Mas foi ainda no Verão passado que a jornalista e colunista do Observador apresentou a proposta para fazer este excecional programa de entrevistas a protagonistas, que testemunharam os 16 mais importantes momentos históricos destes 50 anos de democracia. |
A lista incluía já o nome de Pedro Passos Coelho para falar do período da Troika em Portugal. Aliás, de todos os nomes, apenas um foi alterado, fruto das circunstâncias que levaram à marcação de eleições depois do pedido de demissão de António Costa, a 7 de novembro. Na proposta inicial estava previsto que Pedro Nuno Santos fosse entrevistado para falar do governo da Geringonça e acabou por ser substituído por Fernando Medina, o entrevistado da próxima segunda-feira (às 13h10 na Rádio Observador), para falar de forma mais abrangente dos oito anos de governação de António Costa. |
A entrevista a Pedro Passos Coelho, tal como todas as outras deste programa, começou com um telefonema para Maria João Avillez explicar o que pretendia fazer e a importância de ser o próprio ex-primeiro-ministro a dar testemunho sobre esses quatro anos entre 2011 e 2015. Agendaram um encontro e o ex-chefe de Governo acedeu ao pedido, dizendo que podia ser marcada uma data. Esse agendamento foi relativamente simples, porque já se sabia que o programa estrearia em Janeiro, no ano dos 50 anos da revolução, e as entrevistas seguem uma ordem cronológica, pelo que o período da Troika seria o quarto episódio a contar do fim. |
Ainda houve mais uma conversa telefónica para afinar detalhes. A entrevista foi depois preparada por Maria João Avillez durante duas tardes, a cruzar notas, recortes, gravações e a sua memória vívida do período da Troika em Portugal, para afinar e enriquecer as perguntas que queria fazer. |
Desde que deixou de ser primeiro-ministro, há quase 9 anos, Pedro Passos Coelho já tinha declinado três pedidos de entrevista de Maria João Avillez. Desta vez terá achado que tinha de deixar o seu testemunho sobre esses quatro anos da vida política portuguesa. |
Durante a gravação, Maria João Avillez surpreendeu-se ligeiramente com a parte relativa a Paulo Portas: “Confesso que me pareceu que poderia ter sido menos excessivo. Mas o que valorizei aqui foi que esta história foi pela primeira vez contada com detalhe rigor, datas, protagonistas, e referência às fases mais perigosas e mais esperançosas”. |
“Tive sempre a noção de que estava a gravar qualquer coisa importante, uma gravação que terá de ser ouvida pelos historiadores que se debruçarem sobre este período. E isso dá-me uma enorme alegria profissional”, admite. |
Pedro Passos Coelho ligou-lhe depois da transmissão da entrevista, para uma chamada de cortesia, a dizer que tinha recebido muitas mensagens e a elogiar a preparação de Maria João Avillez. |
Além do próximo episódio com Fernando Medina, falta ainda transmitir a entrevista a Paulo Portas, na semana seguinte, e o episódio final, com quatro jovens a olhar para o futuro. Estas entrevistas vão ser editadas pela Leya num livro que deverá sair depois do Verão, e que terá algumas informações novas de vários entrevistados. Uma maratona entre dois verões, que está já perto do fim, o que provoca uma sensação curiosa na autora: “Até sinto algum desgosto por estar a acabar. Gostei imenso de fazer isto.” |
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