O facto de a maioria das forças políticas não duvidar que Marcelo Rebelo de Sousa irá ser reeleito Presidente da República parece transformar a luta eleitoral num desfile de vaidades partidárias em que os interesses dos portugueses passam para segundo plano.
Quantas tinta e palavras não se gastaram para chamar a atenção para o facto de o avanço da extrema-direita em Portugal ser um perigo cada vez mais real e sério? Gastaram-se rios de tinta, mas o que se passa na prática? Estende-se a passadeira vermelha para que André Ventura conquiste o segundo lugar e até possa disputar uma segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa.
As presidenciais irão decorrer num período de profunda crise económica e social, no meio de uma pandemia que teima em continuar. Situações como estas são frequentemente utilizadas para o assalto ao poder de dirigentes populistas e extremistas. A história está cheia de exemplos, mas não vejo que as elites políticas portuguesas tirem as devidas conclusões.
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