As Nações Unidas celebraram no dia 15 de setembro o Dia Internacional da Democracia, realçando o papel dos jovens para o avanço e robustecimento democrático, considerando como centrais as opiniões dos jovens na tomada de decisões sobre o futuro.

Para as celebrações deste ano, a organização adotou o lema “Capacitar a próxima geração: Democracia para a justiça climática.”

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou e enfatizou o compromisso das sociedades reconhecendo as diversas ameaças do momento atual marcado por diversas tensões e turbulência.

Com efeito, o atual fluxo de informações falsas pode ser uma ameaça para os jovens tidos como “futuros guardiões da democracia”.

Por isso a nossa meta deve ser a de promover um “eleitorado empenhado e bem instruído” no centro de sociedades democráticas fortes.

As Democracias estão hoje ameaçadas por fatores que vão desde a proliferação da desinformação online, passando pelo aumento do populismo e pelos efeitos nefastos da crise climática.

Tal como bem refere António Guterres, o nível atual de propagação de desinformação está “intoxicando o discurso público, polarizando comunidades e minando a confiança nas instituições”.

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Por isso tenho vindo a afirmar a importância dos órgãos deliberativos que podem e devem ser esteios da participação jovem e as assembleias municipais jovens e os orçamentos participativos jovens a par de outros programas são cruciais para repor a confiança, para estimular a sua participação e sobretudo demonstrar que podem fazer a diferença.

Em Loures, a Assembleia Municipal Jovem de 2023 dedicada por inteiro ao clima demonstrou à saciedade que os jovens querem ocupar a agenda política, querem participar e sobretudo têm bons projetos e ideias para apresentar.

Se a Política é o espaço das ideias que sonham, então que esse espaço se abra cada vez mais aos jovens para que com a sua participação cívica qualifiquem esse mesmo espaço.

As medidas anunciadas recentemente pelo Primeiro-ministro António Costa para apoiar os jovens em diversas dimensões são também um contributo responsável para fixar talento e agir desde já. Afinal, o presente inscreve – se profundamente no futuro e sem jovens não há futuro. Eles são “a boa moeda”.