É atribuída ao quase desconhecido pensador Quilão, citado como um dos Sete Sábios que viveu no século VI a.C., a frase: “De mortuis nil nisi bene”. Numa tradução livre: “Não se deve falar dos mortos senão bem”.
Esta máxima trouxe-me à memória o comunicado publicado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a propósito do falecimento de Otelo Saraiva de Carvalho: “é ainda cedo para a História o apreciar com a devida distância. No entanto, parece inquestionável a importância capital que teve no 25 de abril, o símbolo que constituiu de uma linha político-militar durante a revolução, que fica na memória de muitos portugueses associado a lances controversos no início da nossa Democracia”.
Talvez seguindo esse princípio, o político formado em Direito caracteriza de forma demasiadamente ligeira e passageira o outro lado dessa personalidade: “Afastado do poder na sequência do 25 de novembro de 1975, viria a ser considerado, pela Justiça, envolvido nas FP-25, condenado e amnistiado”.
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