A memória dos Portugueses é curta e laxista, é verdade, mas nunca mais podemos esquecer o ano de 1975.

Como Diogo Freitas do Amaral lembrou, o CDS foi o partido “mais atacado, mais agredido, mais violentado e caluniado” de todos quantos se apresentaram ao primeiro sufrágio da era democrática, realizado no dia 25.04.1975, 1.º aniversário da revolução.

Apesar disso, quando no dia 2 de Abril de 1976 os deputados da Assembleia Constituinte deram os seus trabalhos por concluídos, a bancada do CDS foi a única que – corajosamente – votou contra a Constituição que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976.

Não foi um amuo ou uma arruaça de meninos do parque do CDS. Muito mais simples: o CDS agia em conformidade com convicções, princípios e valores. Contra o domínio asfixiante do frentismo dominante de esquerda daqueles dias de chumbo, o CDS não facilitou, não se comoveu como os crocodilos, não foi na fila, não foi atrás no foguetório e nos vivas à Constituição. Disse não ao rumo socializante.

Os mais de 40 anos de sucessivas revisões constitucionais provam que o CDS tinha toda a razão em votar contra: apesar de todas as pressões e contingências vivemos hoje numa democracia livre, numa economia de marcado e pertencemos de pleno direito à União Europeia.

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Isto por dizer que o CDS nunca se incomodou, nem se incomoda por ser sempre livre e dissonante. Igual a si próprio.

Hoje, quando ninguém quer saber, nem falar dos homens e das mulheres, da sua diferença essencial e da sua decisiva complementaridade, da protecção da vida, da crise demográfica e de natalidade, da liberdade educativa, de história pátria, dos Portugueses além-mar, dos valores nacionais e da tradição, da caça, da pesca e das touradas, o CDS fala, trata, promove e defende.

É isso um partido que não é transnacionalista. Que é Português e que é livre. O partido da realidade vivida, como dizia Henrique de Barros. Das causas verdadeiras. Das pessoas. Da verdadeira democracia.

Depois da novidade muitíssimo positiva da aprovação a tempo e horas dos critérios para a escolha dos candidatos a deputados nas legislativas do próximo 6 de Outubro, já foram aprovados os nomes dos cabeças de lista e demais deputados da quota da direcção nacional do CDS, com algumas óptimas novidades, ressaltando Filipe Anacoreta Correia (cabeça de lista por Viana do Castelo), Sebastião Bugalho (sexto lugar em Lisboa), Raquel Abecasis (número um em Leiria), Nuno Moreira (número um em Bragança) ou Paulo Pessoa de Carvalho (número um por Évora)

Falta apresentar rapidamente o programa eleitoral. Que tem de ser denso, criativo, desassombrado e ao mesmo tempo simples e articulado. Atraente e eficiente.

Para fazer jus (urgentemente) a um CDS ao serviço de Portugal e de todas as causas verdadeiras.

Advogado