1 A última semana foi dominada por uma daquelas histórias em que somos envolvidos e encaminhados para a indignação antes de termos tempo de pensar nas perguntas essenciais: Onde? Quando? Como? Porquê?
São perguntas obrigatórias para um jornalista desde o seu primeiro dia de estágio até ao fim da sua vida profissional. São as perguntas que qualquer um deve querer ver respondidas antes de formular qualquer juízo sobre os acontecimentos. Infelizmente são perguntas que se têm perdido na voragem do populismo que não chegou só à política, está também presente, e de que maneira, na nossa vida quotidiana.
O escândalo com o dito palco-altar tem uma história que deve ser contada para ser compreendida. Algures depois de tomar posse como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa teve uma ideia que o ajudaria a imortalizar a sua passagem pelo Palácio de Belém: convencer a igreja de Lisboa a candidatar-se à organização da Jornada Mundial da Juventude. Cauteloso, Dom Manuel Clemente disse ao Presidente que essa era uma empreitada gigantesca para a igreja de Lisboa. Marcelo não se deixou ficar e foi convencer António Costa e Fernando Medina desta oportunidade única de colocar Portugal e Lisboa no mapa. Vendida a ideia às autoridades públicas foi mais fácil convencer o Patriarca de Lisboa a avançar com a candidatura.
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