O Sindicato da Polícia da Alemanha pediu a reintrodução do controlo de fronteiras internas na Europa e um reforço dos efetivos policiais para suster o fluxo recorde de refugiados que chegam ao país.
“Do ponto de vista policial, um regresso ao controlo de fronteiras seria a melhor das medidas”, disse Rainer Wendt, presidente do Sindicato da Polícia Alemã, numa entrevista ao jornal Passauer Neue Presse.
O sindicato, que pede um reforço de 1.000 agentes, prevê apresentar hoje ao ministro do Interior, Thomas de Maizière, as “condições catastróficas” e de sobrecarga de trabalho dos polícias destacados na fronteira germano-austríaca.
Para os polícias, nas conversações na União Europeia (UE) sobre a crise de refugiados, “a Alemanha não deve aceitar retirar rapidamente da mesa o regresso dos controlos” fronteiriços.
A Europa aboliu os controlos nas fronteiras internas entre os países que pertencem ao espaço de livre circulação Schengen, vigente em 22 Estados-membros da UE, de Portugal à Finlândia, e quatro não-membros: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
Em contrapartida, as autoridades reforçaram o controlo dos viajantes nos comboios, autoestradas e voos no espaço europeu.
A Alemanha, país mais populoso da UE, tem registado um número crescente de candidatos a asilo, contando atingir este ano os 500.000.
Para o responsável sindical, o controlo das fronteiras facilitaria a deteção de criminosos e permitiria devolver automaticamente os refugiados aos países Schengen de onde partiram, aos quais, tecnicamente, devem apresentar o pedido de asilo.