A mulher que terá tentado raptar uma bebé no último sábado no Hospital de S. João, no Porto, foi parca em palavras quando foi ouvida pela PSP, como já escreveu o Observador. Mas segundo o Jornal de Notícias, nesse mesmo interrogatório, a mulher terá feito um desabafo: “Queria um menino ou uma menina“. A frase dá força à tese de tentativa de rapto e a investigação, que segundo o mesmo diário, acredita que a mulher vigiou o hospital nos dias anteriores para preparar a melhor altura para o rapto.

No momento em que a mulher tentou levar o bebé estavam vários familiares na sala. A avó da bebé, ouvida pelo Jornal de Notícias e pelo Correio da Manhã, conta que a alegada raptora começou por dizer que a bebé “era muito linda e perguntou se lhe podia pegar”. A avó, de acordo com o mesmo relato, “achava que a nora a conhecia” a mulher e acedeu ao pedido. “Na minha educação, dei-lhe a menina para o colo“, disse a avó da criança.

A mulher esteve uns minutos com a bebé ao colo na conversa com a avó, mas quando entrou o pai da criança entrou no quarto acompanhado de outros familiares a alegada raptora ficou perdida. Começou a justificar-se e a dizer que era médica e andava a fazer uma visita pelos doentes, mas rapidamente colocou a bebé nos braços de um primo mais velho da criança. De seguido, pegou numa mochila e num casaco que tinha pousado e saiu do quarto. O pai, que já estranhara a presença daquela “médica”, alertou a segurança do hospital, que a seguiu e não a deixou sair do hospital. A raptora acabou detida. “Foi um grande susto“, desabafou a avó da bebé também em declarações ao Jornal de Notícias.

Há ainda algumas dúvidas sobre as motivações da mulher e sobre os níveis de segurança (há dúvidas sobre se a bebé teria ou não uma pulseira eletrónica, por exemplo). A investigação prossegue.

O que se sabe e o que falta saber sobre a tentativa de rapto no Hospital de S. João

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