Ensino, educação, transportes, comunicação social e forças de segurança. Para estes setores, a atenção mediática em torno Jornada Mundial da Juventude (JMJ) faz do evento uma oportunidade para dar visibilidade às suas reivindicações. O maior evento da Igreja Católica marca o regresso do Papa Francisco a Portugal e vai decorrer em Lisboa, na semana entre 1 e 6 de agosto.

Ao longo dos últimos meses, diferentes setores deixaram os seus avisos. Da manifestação das forças segurança à porta da residência oficial do Presidente da República durante a visita do Papa, à greve parcial dos revisores da CP, reunimos abaixo os protestos, greves e ações de rua que vão marcar os seis dias do evento.

Ensino

  • Trabalhadores não-docentes das escolas da rede pública vão estar em greve entre 31 de julho e 4 de agosto, de acordo com o pré-aviso do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas. A greve abrangerá também os dias de descanso complementar e obrigatório nos fins de semana de 22 de julho e 23 de julho, 29 e 30 de julho e 5 e 6 de agosto.
  • Professores manifestam-se a 1 de agosto na JMJ. O protesto foi anunciado em maio, quando a plataforma sindical (que é integrada por nove organizações, incluindo a Fenprof), apresentou o calendário reivindicativo.

“Queremos impedir o recurso forçado dos trabalhadores na JMJ”. Profissionais não docentes anunciam greve de 31 de julho a 4 de agosto

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Forças de segurança

  • Confederação das forças de serviço e de segurança — que inclui elementos da GNR, PSP, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Guarda Prisional — marcou uma manifestação junto à residência oficial do Presidente da República a 2 de agosto, quando Marcelo Rebelo de Sousa vai receber o Papa Francisco.
  • Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC) vão realizar ações de rua nos locais de Lisboa por onde o Papa vai passar, de 2 a 6 de agosto.
  • Sindicatos vão distribuir panfletos junto aos aeroportos de Lisboa, Porto, Açores e Madeira, e em diversos locais com eventos da JMJ, entre 27 de julho e 7 de agosto.
  • Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) vai realizar um acampamento de protesto junto ao Ministério da Administração Interna na primeira semana de agosto.
  • Chefes da PSP ponderam “paragem de atividade” durante a JMJ, avisou o presidente do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP, Rui Amaral.

JMJ: Quatro sindicatos marcam ações de rua durante visita do Papa

Resíduos

  • Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) entregou um pré-aviso de greve dos motoristas e cantoneiros da Câmara de Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, colocando em risco a recolha do lixo em Lisboa.

Transportes

  • Revisores e trabalhadores das bilheteiras na CP em greve parcial entre 21 de julho e 6 de agosto. Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Lúis Bravo, disse: “De 6 a 10 de julho vamos ter uma greve parcial à sétima hora dos trabalhadores em Cascais. De 12 a 18 de julho a greve é ao trabalho extraordinário em todo o país. Durante todo o mês, os trabalhadores farão greve aos comboios especiais e aos que têm mais de oito carruagens.”

Comunicação social

  • Trabalhadores da Agência Lusa vão fazer quatro dias de greve, entre 3 e 6 de agosto, exigindo “aumentos salariais condignos”.

Greve parcial na CP alargada até 6 de agosto