Um sismo de magnitude 4,6 foi sentido esta quinta-feira em Marraquexe, Marrocos, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Com epicentro a 9,7 quilómetros de profundidade, este sismo foi a réplica mais intensa a sentir-se em Marrocos desde o violento sismo da última sexta-feira, que matou perto de 3 mil pessoas e que teve uma magnitude avaliada em 6,8 pelo USGS e em 7 pelo Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.

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Segundo a agência Efe, foi a primeira réplica do sismo da semana passada a ultrapassar os 4,5 de magnitude na escala de Richter — e o epicentro desta réplica situou-se na zona de Ighil, justamente a mesma aldeia onde ocorreu o epicentro do sismo da última sexta-feira.

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Na noite da última sexta-feira, um forte sismo registou-se naquela localidade, a 63 quilómetros a sudoeste de Marraquexe, levando ao colapso de vários edifícios e provocando a morte a pelo menos 2.946 pessoas, de acordo com o balanço mais recente das autoridades marroquinas.

Pelo menos 5.674 pessoas ficaram feridas na sequência do sismo, cujos efeitos foram agravados pelo facto de ser de noite e de a maioria das pessoas se encontrar no interior de casa, a dormir.

O sismo provocou também graves danos em vários monumentos marroquinos inscritos na lista do Património da Humanidade da UNESCO.

Ao mesmo tempo, o sismo levantou também questões sobre a lentidão com que Marrocos aceitou a ajuda internacional de países como França, deixando ainda mais evidentes as históricas tensões diplomáticas entre os países.