Imagens de mísseis e camiões. A emissão do canal infantil Baby TV em Portugal transmitiu, na passada quinta-feira, propaganda russa, avança a edição desta quarta-feira do Correio da Manhã e confirmou o Observador, como se pode ver aqui e aqui. Na origem do incidente, esteve um ciberataque, que está a ser investigado, e que atingiu outros países em que é transmitido aquele canal.

Em resposta ao Observador, duas das principais operadoras portuguesas — a MEO e a NOS — confirmaram a existência destas imagens, sendo que a Vodafone optou por não prestar comentários.

Fonte oficial da NOS ressalva ao Observador que a “programação de cada canal é da responsabilidade do mesmo, estando alheia a qualquer decisão sobre os conteúdos a serem transmitidos”. No entanto, assim que a situação foi reportada, a NOS “contactou o responsável da transmissão do canal, que confirmou a abertura de uma investigação para apurar as causas desta interferência”.

[Já saiu o sexto e último episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui, o segundo episódio aqui, o terceiro episódio aqui, o quarto episódio aqui e o quinto episódio aqui]

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Além disso, a operadora garantiu que os “conteúdos foram bloqueados, de imediato, da grelha de programação da NOS, tendo a situação sido normalizada pelo responsável internacional da transmissão do canal, no próprio dia”. 

No mesmo sentido, em resposta ao Observador, a MEO realça que “não é responsável pelos conteúdos” que os canais transmitem.

Ainda assim, no momento em que a MEO teve “conhecimento do sucedido”, esta operadora também contactou no “imediato”  o fornecedor do canal, que “deu nota de que estava a tomar todas as diligências no sentido de um célere apuramento e correção das falhas que terão permitido a ocorrência de um lamentável ciberataque”. “O problema foi resolvido, no próprio dia, pelo fornecedor”, garantiu a MEO.

Segundo o Correio da Manhã, na origem terá estado um ciberataque à empresa francesa EUTELSAT (Organização Europeia de Telecomunicações por Satélite), a terceira maior operadora de satélite do mundo.