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Quando Marisa Matias entrou na sala onde ia decorrer a entrevista, exclamou: “Finalmente!”. |
A eurodeputada do Bloco de Esquerda ia falar pela primeira vez sobre o burnout que sofreu e, de facto, não tinha sido fácil marcar a conversa. A subdiretora do Observador, Sara Antunes de Oliveira, tinha-lhe mandado a primeira mensagem a propor a entrevista no dia 27 de abril. Ainda marcaram algumas datas possíveis antes do verão, mas outros compromissos de Marisa Matias foram provocando adiamentos. O ideal seria fazer a entrevista em Lisboa, mas ainda ponderaram as hipóteses de Régua, Vila Real ou Bragança. |
A conversa acabaria por acontecer em Lisboa, a 3 de setembro, às 15 horas. Ao longo de 40 minutos, Marisa Matias falou abertamente sobre o problema de saúde mental que teve de superar: “A sensação que tenho é que, quando foi a campanha das Europeias de 2019, eu já não estava bem. Começou por se traduzir num aumento de ansiedade enorme. De repente, o coração dispara, falta de ar, dor, um aperto no peito. É mesmo a sensação de que acabou. E depois passou a outros sintomas, de não conseguir controlar as pernas ou os braços, ou achar que estava toda dormente. Disseram-me para consultar um psiquiatra. E era uma questão de burnout, de esgotamento”. |
Esta é a primeira entrevista de uma série sobre saúde mental, numa iniciativa conjunta do Observador e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Pode ler a entrevista este sábado no site do Observador e pode ouvi-la no domingo às 11h, na Rádio Observador. Aliás: pode, não — deve. |