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A funcionária judicial bem avisou: as fotografias que estão no processo judicial do Estripador de Lisboa são muito impressionantes. A jornalista Tânia Pereirinha não se atemorizou e mergulhou a fundo nos seis volumes que relatam as diligências da investigação e os crimes do assassino em série que espalhou o pânico no início dos anos 90 em Lisboa. “A Caça ao Estripador de Lisboa”, o mais recente Podcast Plus, que estreou na terça-feira, começou a ser preparado em abril. |
Depois da longa consulta às centenas de páginas do processo judicial, era preciso tentar falar com os investigadores que perseguiram o assassino. Mas dois antigos inspetores, um ex-agente e um ex-coordenador da brigada de Homicídios recusaram ser entrevistados. “É um processo em que nos saímos mal”, justificou um deles. Mesmo assim, quase todos desvendaram pistas importantes, que não estavam no processo. Um deles contou que chegaram a suspeitar que o criminoso fosse o autor de um livro policial, publicado em 1984 com o título “O Estripador de Lisboa” — livro que a Tânia Pereirinha tratou logo de comprar online por 2,65 euros. |
Na época, as famílias das vítimas não chegaram a aparecer na imprensa. Uma das irmãs de Valentina, a primeira vítima, não quis falar. Para encontrar o pai da terceira vítima, a Tânia foi à rua do bairro de Alvalade onde vivia em 1993, escolheu o único prédio que não tinha sido alvo de remodelação, falou com uma vizinha e acertou à primeira tentativa: “É aqui, sim, no terceiro esquerdo”. O pai recordou o momento em que reconheceu o corpo da filha na morgue e os sinais de luta que terá dado ao assassino — “Ela era valente!” —, mas também não quis gravar para o podcast. |
Já o antigo inspetor Carlos Ademar Fonseca esteve três horas ao microfone com a Tânia Pereirinha e revelou que a Polícia Judiciária chegou a montar uma armadilha para tentar apanhar o assassino com um “isco verdadeiro”. Também encontrou cópias dos inquéritos que os alunos e estagiários do Instituto da Polícia Judiciária andaram a fazer porta a porta na Póvoa de Santo Adrião, em 1993, na tentativa de apanhar o Estripador. |
O jornalista Valdemar Pinheiro também ainda guarda notas escritas à mão e recados anotados pelas telefonistas do Correio da Manhã, onde trabalhava, nos anos 90. E recordou a conversa que na altura chegou a ter com alguém que ligou para a redação do jornal e garantia ser o Estripador de Lisboa. |
O ex-técnico lofoscopista Alexandre Simas confessou que poucas coisas o fariam tão feliz como descobrir finalmente o responsável pelos crimes do Estripador de Lisboa. Não só para encerrar o caso, mas também com outro objetivo: “Se pudesse, depois ia tentar saber como é que ele fez para nós não o apanharmos”. |
“A Caça ao Estripador de Lisboa” tem narração de Inês Castel-Branco e banda sonora de Mário Laginha. O guião e as entrevistas são da Tânia Pereirinha, a sonoplastia é do Bernardo Almeida, a edição é do João Santos Duarte e o design é do Miguel Feraso Cabral. Está disponível em todas as plataformas de podcast e os assinantes Standard e Premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios. Dá bastante jeito: assim que se começa a ouvir, não dá para parar. |
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Talvez lhe tenha escapado
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Podcast Plus
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31 de julho de 1992. Quando encontra o corpo de uma mulher num barracão na Póvoa de Santo Adrião, a PJ não imagina que é o início de um dos mais enigmáticos casos da história do crime em Portugal
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Cinco meses depois, mais um crime, noutro local mas com a mesma assinatura. No episódio 2 de "A Caça ao Estripador de Lisboa” a PJ já não tem dúvidas de que há um assassino em série à solta na cidade.
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Podcast Plus
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No terceiro episódio de "A Caça ao Estripador de Lisboa", o assassino volta à Póvoa de Santo Adrião e faz mais uma vítima. Mas desta vez a polícia não precisa de ajuda para a identificar.
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Podcast Plus
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Com a investigação praticamente parada, a PJ decide pedir ajuda à polícia internacional mais habituada a lidar com casos de assassinos em série. Quarto episódio de "A Caça ao Estripador de Lisboa".
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Podcast Plus
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E se o assassino já tiver começado a matar há anos e nos EUA? No episódio 5 de "A Caça ao Estripador de Lisboa" a PJ segue várias pistas internacionais. E põe sob escuta um médico muito suspeito.
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Podcast Plus
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No último episódio de "A Caça ao Estripador de Lisboa", os crimes vão prescrever mas a história não acaba. Em 2011 um jornal anuncia que fez aquilo que a PJ nunca conseguiu: descobriu o assassino.
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Segurança Social
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Sustentabilidade das reformas irá levar, acredita Gabriel Bernardino, à necessidade de limitar pensões atribuídas no futuro. "Mais tarde ou mais cedo vai acontecer", diz ex-líder da EIOPA e da CMVM.
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Mendes elege Estado social e crescimento como desígnios do próximo PR. Visitou espaços onde Marcelo iniciou última campanha, mas marca diferenças: "Não podemos andar a vida a pensar em dissoluções".
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Iniciativa Liberal
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Bernardo Blanco esgotaria as fichas numa direção da IL se ficasse mais dois anos ao lado de Rui Rocha. Desta forma, mantém-se no Conselho Nacional e pode preparar e sonhar com voos futuros.
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Madeira
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Oposições internas no PSD e PS Madeira querem eleições. Sede fechada para o Natal complica as contas. Cafôfo focado em acordo com oposição, mas JPP adia conversa e acusa-o de "falta de tacto".
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Política
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O deputado do Chega está "disponível" para o que o partido entender nas autárquicas. Sobre presidenciais aposta em Ventura, acreditando que não existe "desgaste" com a sucessão de candidaturas.
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PCP
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Um prémio para o alvo de todos os ataques, a homenagem à desculpa mais antiga da humanidade, e o reconhecimento do profissionalismo (e alguma paranóia) do partido. Eis os prémios do Congresso do PCP.
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José Sócrates
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Constitucional confirma que Sócrates já pagou cerca de 17 mil euros de custas. Três recursos custaram mais de 2 mil euros. Subvenção vitalícia de ex-PM é de apenas 2.372,05 euros brutos.
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Portos
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Apesar dos alertas dos EUA, Portugal já tem scanners da Nuctech em "infraestruturas críticas" do país há cinco anos. O Governo quer manter - e até assegurar a manutenção dos equipamentos chineses.
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Dominique aprendeu a drogar a mulher e criou um esquema de violação em série enquanto se comportava como um marido e pai exemplar. A descoberta foi devastadora, mas Gisèle escolheu ser um exemplo.
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Guerra na Ucrânia
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Por mais de quatro horas, Putin fez um balanço do ano, focando-se na Ucrânia. Rússia "faz avanços" no terreno e Presidente russo abre a porta a "compromissos" com Trump. Zelensky é alvo de ataques.
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Liderava desde 2017 as Forças de Proteção Nucleares, Biológicas e Químicas e denunciou que a Ucrânia estava a construir uma bomba suja. Agora, Igor Kirillov morreu num ataque que Kiev reivindica.
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Secretas ucranianas intensificam campanha para matar altas patentes militares e dirigentes de topo russos envolvidos na guerra. "Todos o que mataram ucranianos esperam por um fim sem glória" é o lema.
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Milhares de soldados norte-coreanos já combatem em Kursk. Este sábado, mataram chechenos em fogo amigo. As dificuldades no terreno impõem-se. Kiev faz uma aposta que funcionou antes: na sua deserção.
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Comissão Europeia
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Relatório "sensível" sobre diplomacia europeia coloca Kaja Kallas, que não sabia do documento, na mira dos eurodeputados. Há quem tema desinvestimento na área. E ninguém sabe quem divulgou o texto.
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CTT
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A DHL já tinha sido, há umas décadas, um parceiro privilegiado dos CTT no comércio eletrónico. Agora a aliança é mais profunda e os CTT concluem a transformação para operador de comércio eletrónico.
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Igreja Católica
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Pela primeira vez, a Igreja portuguesa tem um responsável a tempo inteiro para a juventude. Em entrevista, Pedro Carvalho defende que a Igreja tem de se colocar ao lado dos jovens nas suas lutas.
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Futebol
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Depois de Kaká, o Brasil volta a ter um melhor do mundo. Chama-se Vini, é conhecido como malvadão, e foi um dos autores do ano de sonho do Real. The Best marca redenção depois de perder Bola de Ouro.
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Livros
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Precursor do surrealismo, viveu intensamente, da mesma forma que amou, pensou e jogou com as palavras como poucos. Alexandre O'Neill nasceu há cem anos. Uma exposição na Biblioteca Nacional celebra-o.
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Música
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Estas são as tendências desenhadas pelos dados fornecidos pela plataforma de streaming em Portugal, num ano que "Tata", de Slow J, foi a canção mais ouvida e Taylor Swift a artista mais popular.
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Bares
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Bifes, jornalistas e tertúlias marcaram os últimos 60 anos. E o senhor Albino, claro, que se reformou das lides no Snob, mas já visitou (e aprovou) as subtis mudanças. O bar reabre com nova gerência.
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Hotéis
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Há 40 anos, José Carlos Pinto Coelho comprava 100 hectares do exclusivo reduto para expandir o turismo em Cascais. Hoje com o clã em peso a bordo, o resort de golfe do grupo Onyria celebra 25 anos.
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Opinião
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O wokismo seguiu até agora Antonio Gramsci, tentando dominar as instituições. Não se admirem se, perante o seu repúdio eleitoral, passar a seguir Georges Sorel, e entrar numa fase de violência.
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Ao longo desta semana, vimos o nosso Estado a fazer um truque extraordinário: conseguiu estar em todo o lado e, ao mesmo tempo, não estar em lado nenhum.
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Com o gosto dos portugueses pelas fardas, a necessidade de uma autoridade superior a velar por eles e a omnipresença mental do sebastianismo, Gouveia e Melo pôs-se a caminho, usando a farda e o cargo
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O Banco de Portugal voltou a ser mais interventivo. Mas Mário Centeno corre o risco de ser visto mais como gestor da sua ambição política do que como governador.
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O combate à COVID com os confinamentos e a consequente dependência total do estado deve ter sido o que de mais próximo estivemos do socialismo. Ou mais correctamente do anti-capitalismo.
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