O Governo, por via dos secretários de Estado para a Cidadania e a Igualdade e da Educação, publicou no passado dia 16 o Despacho nº 7247/2019, que “estabelece as medidas administrativas para a implementação do previsto no nº 1 do artigo 12º da Lei nº 38/2018”, enquanto o país estava a banhos e a imprensa entretida com a greve dos
motoristas de combustíveis.
Esta lei é a que impõe a ideologia de género nas escolas. Por ser de muito duvidosa constitucionalidade, a sua fiscalização foi recentemente pedida por mais de um terço dos deputados. À socapa do parlamento e no mais absoluto desrespeito pelo Tribunal Constitucional, dois membros do governo, em fim de mandato, apressaram-se a implementar, às escondidas dos órgãos de soberania e do país – numa sexta-feira de Agosto, em plena ponte do feriado do dia 15! – medidas que decorrem de uma ideologia que não tem qualquer fundamento científico e, muito provavelmente, é inconstitucional.
Como se todos estes atropelos ao normal funcionamento das instituições democráticas não bastassem, a notícia foi praticamente silenciada pelos principais meios de comunicação social. Com efeito, o referido despacho foi publicado no passado dia 16, mas a primeira notícia do mesmo só foi dada, a 19, pelo Notícias Viriato. O que diz muito da imprensa e das redes sociais que temos.
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