Os tempos vão passando, os Governos e as políticas vão-se alterando, mas há datas, princípios e razões que não podem nunca ser esquecidas, minimizadas ou subalternizadas. Nos tempos que correm, não podem as Sociedades vergar-se perante a escravatura, a violência, a injustiça ou as ditaduras. Este posicionamento, infelizmente, custa muitas vidas, mas se a Sociedade não se unir e não se erguer, custará muitas mais!

VIOLÊNCIA

A 25 de Novembro comemorou-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Não podemos ser insensíveis a esta data, e a qualquer data, dia ou hora, onde aconteça violência contra as Mulheres. Não pode acontecer! Nunca, jamais, podemos esquecer, que somos filhos de uma MULHER.

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Segundo as Nações Unidas, em 2021, em média, por hora, “foram assassinadas no mundo “mais de cinco Mulheres ou Meninas.”

“De todos os feminicídios cometidos em 2021, em Portugal, foram pelas mãos de parceiros íntimos ou familiares”. Em Portugal, até ao início de Novembro/2022, registaram-se 28 mortes de Mulheres, em violência doméstica, das quais “22 num contexto de relação”.

Para além destas mortes que se lamentam, muitas vezes prematuras, sendo que a maior parte dos casos acontece entre os 36 e os 50 anos, deixam filhos menores, em idades muito “tenras” que ficam para toda a vida com este trauma, e desconhecendo para sempre o calor, a protecção, o carinho, o afago e o afecto das MÃES!

Nunca, jamais, podemos calar estes crimes, estes abusos e estas injustiças. Não à violência contra as Mulheres!

SIDA – EPIDEMIA DO VIH

A 1 de Dezembro, assinalou-se o Dia Mundial de Luta contra a SIDA.

Portugal tem dado um salto enorme nesta luta, na prevenção, tratamento e seguimento de casos de VIH/SIDA. Tem-se verificado uma diminuição da incidência e um aumento de número de diagnósticos precoces.

Em Portugal o tratamento do VIH tem sido uma prioridade e integrado sucessivamente nos Planos Nacionais de Saúde, dos diferentes Governos.

“De acordo com a informação colhida no “Relatório Anual do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge,

  • “Em Portugal, segundo os dados recolhidos a 31 de outubro de 2022, foram notificados 1 803 casos de infeção por VIH no biénio 2020-2021, 870 dos quais em 2020 e 933 em 2021;
  • Redução de 44% no número de novos casos de infeção por VIH e de 66% em novos casos de SIDA entre 2012 e 2021;
  • A maioria (71,8%) dos novos casos de infeção em adolescentes e adultos (≥ 15 anos) registou-se em homens (2,5 casos por cada caso em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 39 anos. Em 63,6% dos novos casos as pessoas tinham entre 25 e 49 anos e em 27,6% tinham idade igual ou superior a 50 anos. No período em análise foram notificados 4 casos de infeção VIH em crianças (2 em 2020 e 2 em 2021);
  • Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente (51,8%), os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (56,0%). A taxa de novos diagnósticos de VIH foi mais elevada nos residentes na Área Metropolitana de Lisboa, seguida da região do Algarve;
  • Relativamente aos óbitos, foram comunicados 298 óbitos em pessoas que viviam com VIH (148 em 2020 e 150 em 2021). Em 24,5% dos óbitos o tempo decorrido desde o diagnóstico foi superior a 20 anos;
  • Analisando os dados acumulados, desde 1983 até 31 de dezembro de 2021, foram identificados em Portugal 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA e ocorreram 15 555 óbitos;
  • Analisando os dados acumulados, desde 1983 até 31 de dezembro de 2021, foram identificados em Portugal 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA e ocorreram 15 555 óbitos.”

(Fonte Relatório Infeção por VIH em Portugal – 2022)

A prevenção é muito importante, no difundir da informação, na educação para a saúde e, aqui, particularmente, as Escolas têm dado um contributo muito grande, possibilitando que Profissionais de Saúde, essencialmente Enfermeiros, vão e estejam nas Escolas e no “Gabinete do Aluno” ensinando comportamento saudáveis e prevenindo o risco.

Este apontamento serve para lembrar esta data, reforçar a importância da PREVENÇÃO e alertar para os perigos que decorrem para o ser Humano, tendo uma imunidade baixa, porque serve de porta de entrada para outras infecções oportunistas.

 

ESCRAVATURA: TRÁFICO DE SERES HUMANOS

A 2 de Dezembro, assinalou-se o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura.

Apesar destes dias, apesar dos controles de fronteira, das evoluções das técnicas policiais e da evolução que se pretende para a Sociedade Portuguesa, mas também de outros países, há e acontece, às nossas portas, episódios de escravatura e tráfico de pessoas, como são os casos investigados e descobertos na semana passada, estes os mais recentes. Aconteceu no Alentejo! Comportamentos que se julgavam de séculos anteriores e de outras “civilizações”, parecem estar cada vez mais presentes nos dias de hoje e nas nossas Sociedades/Comunidades, tudo em troca do materialismo, da lavagem de dinheiro obscuro, manchado com impressões digitais de mãos sem escrúpulos.

Esta intolerância e modus operandi de determinados indivíduos na Sociedade, devem ser amplamente censurados e rejeitados. A justiça deve ser célere, de “mão pesada” e implacável, não facilitadora para com estes indivíduos para que sejam banidos de uma liberdade em sociedade, que se quer tolerante e solidária, no mais profundo respeito dos/pelos direitos e dignidade das pessoas, sejam quais forem a cor da pele, os credos ou as nacionalidades.

Estamos a disputar o Mundial de Futebol, e não podemos esquecer, também, apesar disso, o que se passa no Qatar, onde a força do Futebol, parece querer relegar para segundo plano, os DIREITOS HUMANOS! Isso nunca!