Perante as mudanças profundas na ordem mundial, a transformação dos modelos de crescimento económico associados à digitalização, a desintegração da Europa com o Brexit e a pressão cada vez mais intensa sobre o eixo atlântico, a nova presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen lançou no verão o desafio de realizar uma conferência sobre o futuro da Europa durante dois anos, aberta a consultas aos cidadãos, instituições da sociedade civil e parlamentos nacionais.
O Parlamento Europeu deverá aprovar até ao final do ano uma proposta de estrutura da Conferência. O Conselho ainda não tem uma posição comum e antecipa-se um primeiro debate na reunião de 12-13 de dezembro, mas a França e a Alemanha avançaram já com uma proposta conjunta, onde sugerem dois blocos de debate: o primeiro, sobre a democracia, que terminaria até junho de 2020. O segundo, sobre temas considerados prioritários – o papel da Europa no mundo, segurança, digitalização, mudanças climáticas, entre outros – apresentando resultados até 2022.
Mas uma conferência sobre a Europa será útil apenas se se focar em áreas onde o valor acrescentado da intervenção comunitária é claro, se selecionar um número limitado de áreas prioritárias e se se comprometer a finalizar políticas que têm vantagens claras para os cidadãos mas que foram adiadas.
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