No dia 7 de Junho, há cerca de um mês e meio, o Finalmente, bar gay famoso em Lisboa, recebeu nas suas instalações uma festa LGBT organizada pela Embaixada de Israel. Isto fez estalar a cólera das associações e activistas LGBT, que se foram enraivecer nas redes sociais, instalaram-se à porta do Finalmente a insultar clientes e empregados, impediram os clientes de entrar, pintaram as paredes com grafitis homofóbicos, e não ficaram satisfeitos. Agrediram uma senhora trans, presidente da Associação de Comércio e Turismo LGBT, e vandalizaram-lhe o escritório. Por fim, as associações que mandam naquilo impediram o Finalmente de participar no “Arraial Pride”. Recapitulando, a coisa conta-se afinal em duas frases. O Finalmente recebeu uma festa LGBT organizada pela Embaixada de Israel. Esta liberdade levou os activistas a insultar, agredir, vandalizar e, em resumo, dar rédea solta à sua natural selvajaria.

Nem vamos demorar-nos em Israel, único Estado democrático daquela região, para onde fogem homossexuais, transexuais, e todas as almas soltas, incluindo palestinianos, para viver como pessoas livres e escapar à pena de morte. Mas vale a pena dar ao Finalmente a relevância que merece, uma referência com provas dadas no meio artístico e o bar gay mais antigo de Lisboa. Inaugurado em 1976, no Príncipe Real, só fechou durante o período obrigatório decretado a propósito da pandemia de Covid, para voltar a abrir logo que as proibições foram levantadas. Já fez mais pelo mundo LGBT do que todas as associações activistas que por aí se agitam e que a esquerda controla. O Finalmente é respeitado em Lisboa como uma instituição. Existe há quase 50 anos sem pedir licença a ninguém, nem à direita nem à esquerda. E também nunca precisou de pedir subsídios ao Estado. Arranjou um modo de vida. Não vive do parasitismo, nem do fanatismo ou do ressentimento. Pelo contrário, vive de proporcionar espectáculos e música, e um ambiente de alegria pelo qual as pessoas estão dispostas a pagar. Como qualquer outro negócio de cultura ou entretenimento que é suposto prosperar num mercado livre e saudável.

A história crapulosa sobre a festa da embaixada mostra a ligação estreita que existe entre a extrema-esquerda e os activistas LGBT. Assim que foi atingida uma das suas vacas sagradas, como o ódio ao Estado de Israel, às urtigas com os “direitos LGBT”, com os “direitos dos trabalhadores”, com as “liberdades individuais”, e com a superior cretinice da “diversidade”. O “discurso de ódio”? Agredir ou discriminar pessoas pelas crenças religiosas? Desde que não sejam judeus. Pelas convicções políticas? Desde que não apoiem Israel. Pela nacionalidade? Desde que não sejam israelitas. Pela sexualidade? Desde que não sejam financeiramente autónomas. A esquerda é viciada em pessoas dependentes. No fundo, as manobras da esquerda vão sempre parar à mesma intenção obsessiva: contra o capitalismo e contra as democracias liberais.

É por este motivo que a esquerda se faz passar por protectora e, neste caso, inventou uma “comunidade LGBT” para fingir que defende os interesses destas pessoas. Mas a mesma esquerda tem por Israel um ódio descontrolado. E assim que o Finalmente se atreveu a tocar no Estado de Israel, a esquerda esguichou sobre o Finalmente uma dose do seu fanatismo doentio. O interesse da extrema-esquerda pelas causas e o bem-estar LGBT é exclusivamente instrumental. Mantenhamos presente este facto da vida para não nos deixarmos vigarizar.

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