1. Para qualquer político profissional que se preze, é sempre bom ter uma teoria conspirativa à mão — dá sempre jeito para evitar explicações que têm de ser dadas e para desculpar ou abafar más práticas. E se não tiver, os que lhe são mais próximos (e mais papistas do que o papa) certamente que lhe providenciarão um qualquer acordo entre forças ocultas interessadas em derrubar o querido líder.
Vem isto a propósito da acusação de conspiração sobre a acusação do caso de Tancos que o PS fez ao Ministério Público (MP), através do Expresso. Apesar de ser off the record, a acusação é, obviamente, muito grave. E para ajudar a festa, porque António Costa bem precisa desse apoio, surgiu o próprio Sócrates — o socialista que mais conspirações inventou por minuto em relação a qualquer espécie de escrutínio realizado a si próprio e aos seus amigos — a dar força ao off the record dos seus corajosos ex-camaradas com mais um artigo de opinião. Fazendo uma pequena adaptação de um famoso jingle do gelado Corneto da Olá, os socialistas até podem cantar: “Uma conspiração para mim, uma conspiração para ti”.
2. Mas vamos por partes. Analisemos a teoria conspirativa chamada Tancos que assenta em argumentos tão ridículos quanto aquele debate entre Costa e Rio sobre quem tem o melhor Centeno:
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