Pelo menos 79 presos foram mortos no decurso de violentos confrontos em três centros penitenciários do Equador, que as autoridades atribuem a uma disputa pelo controlo das prisões, anunciou esta quarta-feira uma organização estatal.

Os últimos números oficiais divulgados pelo Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI), no centro de privação de liberdade número 4 da província costeira de Guayas (sudoeste) foram registadas 31 mortes, enquanto no número 1 se contabilizam 6 vítimas. Na prisão número 1 da província andina de Cotopaxi (centro) há mais oito mortos, e na de Azuay (sul), outros 34.

Uma fonte do SNAI confirmou quarta-feira à agência noticiosa Efe que existem 20 pessoas feridas e que “segundo os relatos permanecem estáveis”.

O SNAI assegurou que a situação nas prisões “está controlada” após uma vaga de violência sem precedentes nos registos dos centros de detenção do país andino. O mesmo departamento anunciou que vai prosseguir o “levantamento da informação sobre perdas humanas e outros aspetos relacionados com os confrontos ocorridos”.

O chefe dos serviços prisionais, Edmundo Moncayo, atribuiu os motins a disputas entre pelo menos duas organizações criminais que disputam o controlo das prisões, na sequência do assassínio em dezembro de José Luis Zambrano, conhecido por “Rasquiña”, que tinha sido libertado após cumprir pena.

Os motins nas prisões do Equador não são um fenómeno novo, e em agosto passado o Presidente cessante Lenín Moreno declarou o estado de exceção no sistema prisional do país após o que definiu de “caos” provocado por “máfias” no interior dos centros penitenciários.

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